Liberdade

Preso que ordenou ataques em 2016 está em prisão domiciliar

MC Sadrack é conhecido por compor canções de rap para facção criminosa no Maranhão; ele saiu da cadeia devido ao novo coronavírus

Nelson Melo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
MC Sadrack foi condenado por ataques a ônibus em São Luís em 2016
MC Sadrack foi condenado por ataques a ônibus em São Luís em 2016 (mc solto)

São Luís - Um dos criminosos que compõe canções de rap para a maior facção criminosa do Maranhão saiu da cadeia. Eliakin Davila Machado, conhecido como MC Sadrack, ganhou a prisão domiciliar por estar no grupo de risco para o novo coronavírus. As informações foram confirmadas por uma fonte policial ao jornal O Estado. Atualmente, ele estava cumprindo pena no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, tendo sido um dos mandantes dos ataques a ônibus que ocorreram na capital maranhense em 2016.

De acordo com o policial ouvido por O Estado, MC Sadrack saiu do Complexo de Pedrinhas na quinta-feira, 7, por conta da possibilidade de se contaminar no presídio, em virtude das aglomerações nas celas. Ele está no grupo de risco devido a problemas de saúde que se enquadram como comorbidades. Importante dizer que a liberação de detentos durante a pandemia está ocorrendo em praticamente todos os estados do Brasil, sendo uma recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O CNJ orientou que os tribunais e juízes adotassem medidas preventivas à propagação da Covid-19 nos presídios, como a liberação de internos para a prisão domiciliar, incluindo os do regime fechado, caso estejam no grupo de risco.
Investigação sobre ataques

Eliakin Davila foi apresentado em maio de 2016, no prédio da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP/MA), juntamente com outros membros da facção criminosa. Além dele, estiveram presentes Elias Rafael Santos de Paiva, o “Tropical”; Marcos Antônio de Carvalho, o “Marco Latro”; Cilas Pereira Borges; Wilton Torres, o “Espiga”, e Cristiano Nunes Moraes, o “Cris Braw”; Wilderley Moraes, o “Paiakan”; Carlos César Viegas, o “Carlito”; e Leanderson Nonato dos Santos, o “Léo Pirento”. Todos eles foram apontados como mandantes dos atentados que ocorreram em São Luís naquele ano, quando vários ônibus foram incendiados após “salve” oriundo do Complexo de Pedrinhas.

Pouco depois, no dia 25 de maio, foi apresentado, no auditório da Secretaria estadual de Segurança Pública do Maranhão, mais um suspeito pelos ataques a ônibus na região metropolitana de São Luís. Ele foi identificado como Cauê Gustavo Santos de Castro, de 18 anos, encontrado no município de Mirinzal/MA, na noite do dia anterior. Ele teria participado do incêndio a coletivo no Alto do Turu, em São José de Ribamar, no dia 22 daquele mês.

Faccionado

Conforme informado pela Delegacia-Geral, o jovem, após atear fogo no ônibus, fugiu para Mirinzal, sendo encontrado na casa de parentes, na Vila São José. Segundo a investigação, o rapaz atuou de forma direta no ataque ao transporte coletivo no Alto do Turu, sendo que o veículo ficou completamente destruído pelas chamas. Como Cauê integra uma facção, entrou no flagrante de organização criminosa, que é um delito permanente.

Com aquela prisão, o número de detidos por envolvimento direto nos atentados subiu para 31. Porém, no total, foram mais de 60 capturados por conta das ações criminosas.

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