Grande Ilha

Turu lidera lista de bairros com mais infectados por Covid-19 em São Luís

De acordo com mapeamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES), com base no boletim de terça-feira, 21, foram confirmados 65 casos de coronavírus no Turu; na sequência, Calhau, com 63 casos, e Renascença, com 53

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Pessoas se aglomeram em frente à Caixa no Turu, bairro que lidera o número de casos de Covid-19
Pessoas se aglomeram em frente à Caixa no Turu, bairro que lidera o número de casos de Covid-19 (covid-19 no turu)

Aglomerações favorecem o contágio da Covid-19, devido à possibilidade de o vírus ser transmitido pelo ar por meio de espirros, tosse, gotículas de saliva, contato físico com alguém infectado e toque em objetos ou superfície contendo o coronavírus. Mas muitas pessoas continuam desrespeitando o distanciamento social, o que aumenta os casos positivos no Maranhão. Em São Luís, o bairro Turu lidera a lista com mais contaminados - segundo boletim de terça-feira, 21. Lá, é comum multidões, especialmente, na porta de agências bancárias.

De acordo com mapeamento do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), estão confirmados 65 casos no Turu. Naquele bairro, uma grande fila foi verificada ontem em frente a uma agência bancária, às margens da Avenida São Luís Rei de França. As pessoas aguardavam para sacar o Auxílio-Emergencial de R$ 600 do governo federal, por conta da pandemia do novo coronavírus.

Havia algumas pessoas sem máscaras de proteção na fila, o que aumenta a possibilidade de contágio. Depois do Turu, aparecem, no ranking dos bairros com mais infectados na capital maranhense, o Calhau, com 63; Renascença, com 53; e Bairro de Fátima, com 41.

Desrespeito ao isolamento
Mas não é somente no Turu que as pessoas desrespeitam o isolamento social. Aglomerações também podem ser vistas em outros locais, como no Bairro de Fátima, onde os moradores circulam às vezes sem necessidade. Na feira, multidões se formam especialmente de manhã, quando o movimento é maior. À tarde, o problema é menor, mas também é um indicativo de que a preocupação com a transmissão do coronavírus parece ser tênue, pois até mesmo quem é assintomático pode passar o vírus.

Na Feira do Bairro de Fátima, ocorreu, na semana passada, uma operação de fiscalização referente à abertura de comércios que deveriam estar fechados, a partir dos decretos do Governo do Estado. Muitas lojas foram interditadas. No mesmo dia, houve uma ação similar na Feira do João Paulo. No Artigo 5º do Decreto nº 35.714, estão previstas sanções para quem descumprir essas medidas. As multas, conforme a Lei nº 6.437, podem ser de R$ 2.000 a R$ 75.000, em caso de infrações leves; R$ 75.000 a R$ 200.000, em caso de infrações graves; e R$ 200.000 a R$ 1.500.000, em caso de infrações gravíssimas.

Convém ressaltar que esses valores podem ser aplicados em dobro, dependendo de reincidência das transgressões referentes às questões sanitárias. As sanções administrativas previstas no parágrafo anterior serão aplicadas pelo titular da Secretaria de Estado da Saúde. Ou por quem este delegar competência, conforme previsto no Artigo 14 da Lei nº 6.437.

Isolamento e quarentena
Em época de pandemia, alguns conceitos podem ser facilmente confundidos pelas pessoas. Isolamento social, por exemplo, é uma medida que tem como objetivo separar as pessoas doentes (sintomáticos respiratórios, casos suspeitos ou confirmados de infecção por coronavírus) das não doentes, para evitar a propagação do vírus. Esse procedimento pode ocorrer em domicílio ou em ambiente hospitalar, conforme o estado clínico da pessoa contaminada ou sob monitoramento.

Essa ação pode ser prescrita por médico ou agente de Vigilância Epidemiológica e tem prazo máximo de 14 dias. Na prescrição do isolamento, o paciente deve assinar um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Por outro lado, a quarentena é a restrição de atividades ou separação de pessoas que foram presumivelmente expostas a uma doença contagiosa, mas que não estão doentes, uma vez que não foram contaminadas ou porque estão no período de incubação.

A quarentena pode ser aplicada em nível individual, como para uma pessoa que volta de viagem internacional ou para contatos domiciliares de caso suspeito ou confirmado de coronavírus. Ou em nível coletivo, como em situações referentes a um navio, um bairro ou uma cidade, e geralmente envolve restrição ao domicílio ou outro local designado. Pode ser voluntária ou mandatória. Além desses dois conceitos, muito confundidos até mesmo por pessoas esclarecidas, ainda existe o distanciamento social.

Nesse caso, ocorre a diminuição de interação entre as pessoas de uma comunidade para reduzir a transmissão do vírus. É uma estratégia importante quando há indivíduos já infectados, mas ainda assintomáticos ou oligossintomáticos, que não sabem se são portadores da doença e não estão em isolamento.

coronavírus e sintomas

O aparecimento da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, no final do ano passado pegou todo mundo de surpresa: cientistas e profissionais da saúde não tinham nenhuma experiência no diagnóstico ou no tratamento dessa condição. Nesse cenário, é natural que muita coisa seja descoberta no meio do caminho. Um exemplo disso são publicações recentes que apontam para outros sintomas da infecção que não se restringem ao sistema respiratório.
Há pacientes também apresentem dor de estômago, náuseas, vômitos e diarreia. Os primeiros a sugerirem uma ligação entre o vírus e problemas gastrointestinais foram médicos da província de Hubei, na China. Eles analisaram, entre os dias 18 de janeiro e 28 de fevereiro, 204 pacientes com Covid-19 confirmada que tinham mais de 50 anos. Os pesquisadores notaram que quase metade deles foi ao pronto-socorro se queixando de falta de apetite, dor de barriga, ânsia de vômito e intestino solto.

Número de casos de Covid-19 por bairro

Turu – 65

Calhau – 63

Renascença – 53

Bairro de Fátima – 41

Cidade Operária – 38

Anjo da Guarda – 35

Cohatrac I, II, III, IV, Primavera-Cohatrac - 35

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