Pandemia

Escolas particulares debatem estratégias para retomar aulas

Devido ao avanço do novo coronavírus, decreto nº 35.745, publicado pelo Governo do Estado, prorrogou a suspensão das aulas presenciais, nas unidades de ensino públicas e privadas, até o próximo dia 12 de maio

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Maioria das escolas, segundo o sindicato, aderiu à antecipação das férias escolares de julho para o mês de abril
Maioria das escolas, segundo o sindicato, aderiu à antecipação das férias escolares de julho para o mês de abril (escola / aula)

O novo coronavírus alterou a rotina na sociedade, por meio de mudança de hábitos, incluindo a higiene pessoal, e modificação no expediente das instituições, públicas e privadas, como medida para conter a disseminação da pandemia. Por conta disso, as aulas presenciais continuam suspensas no Maranhão - desde o dia 17 de março, um decreto foi publicado pelo Governo do Estado. Mas a suspensão deve perdurar até 12 de maio. Algumas escolas particulares estão debatendo estratégias de retomada das aulas presenciais.

De acordo com Paulino Delmar Pereira, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Maranhão (Sinepe/MA), essas estratégias estão sendo debatidas de acordo com as peculiaridades de cada estabelecimento de ensino. No entanto, ainda não há uma definição com relação ao planejamento do retorno das atividades. Além disso, a entidade aguarda deliberação dos Conselhos Municipal e Estadual de Educação acerca da sistemática recomendada para esse momento.

“Importante ressaltar que o Sinepe/MA fez recomendações às instituições de ensino, mas não tem o poder de determinar ações e procedimentos”, frisou o presidente. Isso significa que cada escola poderá adotar as medidas que julgar necessárias e satisfatórias, a fim de preservar a saúde e segurança da comunidade escolar, que inclui professores, colaboradores e alunos, de acordo com esclarecimentos de Paulino Delmar.

Com relação à antecipação das férias escolares de julho para o mês de abril, a entidade disse que a maioria dos estabelecimentos de ensino filiados ao sindicato aderiu a essa iniciativa. Porém, algumas deram 15 dias, enquanto outras concederam 30 dias, variando o período de concessão. O Sinepe/MA afirmou que os números não refletem a realidade de todo o estado, uma vez quem todos os estabelecimentos particulares de ensino do Maranhão são filiados ao sindicato.

“A título de conhecimento, dos mais de mil estabelecimentos, incluindo escolas comunitárias, somente 52 são filiados ao Sinepe/MA, atualmente”, pontuou o presidente da entidade.

Decreto governamental

O decreto foi publicado no último dia 20 de abril, quando foi prorrogado o período de suspensão das aulas presenciais nas escolas públicas e privadas, assim como universidades particulares e públicas, no Maranhão. A extensão do cancelamento levou em consideração a Portaria 188, do dia 3 de fevereiro deste ano, por meio da qual o Ministério da Saúde declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional, em decorrência da infecção pelo novo coronavírus.

O Governo do Estado também considerou a decretação de pandemia, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no dia 11 de março, o que exigiu esforço conjunto de todo o Sistema Único de Saúde para identificação da etiologia dessas ocorrências, bem como a adoção de medidas proporcionais e restritas aos riscos.

Fique por Dentro

Sobre o coronavírus

Os coronavírus são uma grande família viral, que é conhecida desde meados dos anos 1960, por causarem infecções respiratórias em seres humanos. Geralmente, os efeitos no corpo causam doenças respiratórias leves ou moderadas, semelhantes a um resfriado comum, o que pode confundir. O novo agente da enfermidade foi descoberto no dia 31 de dezembro, após casos registrados na China, no continente asiático. Em termos médicos, provoca a doença chamada de Covid-19.

Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa. O vírus pode deixar as pessoas doentes, geralmente no trato respiratório superior. Os sintomas incluem coriza, tosse, dor de garganta, possivelmente dor de cabeça e talvez febre, que pode durar alguns dias.

Para aqueles com um sistema imunológico enfraquecido, idosos e muito jovens, há uma chance de o vírus causar uma doença do trato respiratório mais baixa e muito mais grave, como uma pneumonia ou bronquite. Não há tratamento específico, mas a pesquisa está em andamento. Na maioria das vezes, os sintomas desaparecem por conta própria, e os especialistas aconselham a procurar atendimento precocemente. Se os sintomas forem piores que um resfriado comum, consulte um médico.

Isolamento domiciliar

O Ministério da Saúde divulgou, no dia 12 de março, as recomendações sobre quais pessoas devem ficar isoladas por causa do novo coronavírus, chamado de Sars-Cov-2. As autoridades ressaltaram que determinadas pessoas devem permanecer em casa ou, em casos graves, no hospital, com o objetivo de minimizar o avanço da transmissão local. Cabe destacar que a decisão de optar pelo isolamento domiciliar passa pela avaliação de um médico.

Os casos assintomáticos da enfermidade, após diagnóstico, também exigem essa medida, bem como casos suspeitos que estão sendo investigados. Se o exame der negativo, a pessoa fica livre, de acordo com as orientações do Ministério da Saúde. O órgão disse que outro grupo que pode ser isolado é o dos brasileiros que mantém contato próximo com alguém infectado.

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