Médicos que atendem no Hospital Universitário Presidente Dutra, localizado no centro de São Luís, e que atuam na linha de frente ao enfrentamento da Covid-19, estão contando com o apoio de um alojamento temporário nas instalações do prédio onde funciona o Curso de Medicina da instituição, na Praça Gonçalves Dias.

A medida, determinada pelo reitor da Universidade Federal do Maranhão, Natalino Salgado, visa garantir a segurança em saúde desses profissionais e fortalecer os serviços prestados pela unidade de saúde aos usuários do Sistema Único de Saúde face à pandemia do novo coronavírus. Segundo Natalino Salgado, a medida é mais uma providência da universidade para apoiar os profissionais do Hospital Universitário que atuam na linha de frente no combate ao coronavírus.

“Estamos enfrentando uma situação de emergência e a UFMA, desde o início, tem priorizado a segurança da comunidade acadêmica. Os profissionais da saúde são os mais vulneráveis. Logo, com essa medida, estamos proporcionando melhores condições para que eles possam ter um espaço próximo ao hospital com conforto e assistência para garantir a segurança também de seus familiares”.

O prédio, que fica próximo ao hospital, possibilita uma melhor logística e facilita o deslocamento de médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e outras categorias envolvidas no combate ao novo coronavírus, além de ser uma estratégia para acolher os profissionais que temem o contágio de seus familiares. A universidade realizou reformas e adaptações nas salas de aula coordenadas pela Superintendência de Infraestrutura.

Situação de emergência
O local está disponível para apoio aos profissionais enquanto durar a situação de emergência em saúde pública. “Nós temos uma capacidade para 50 médicos e tenho observado que, por enquanto, há pelo menos dez profissionais no alojamento, uma vez que há também uma rotatividade. Eu, inclusive, já precisei desse alojamento e é um momento de integração da equipe, porque nessa pandemia, nós, profissionais da saúde, ficamos paramentados e, ás vezes, nem nos reconhecemos. Esse é um ambiente para que a gente consiga se reconhecer e conversar, o que não conseguimos fazer em um ambiente tenso como é a UTI”, explicou a médica Janaína Bentivi, membro do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 do hospital.

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