Risco

Vítima de coronavírus velada com caixão aberto em São Luís

Segundo teste saiu dias depois do enterro e comprovou que realmente estava com Covid-19

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
A médica da família ligou para avisar os parentes, que não esperavam esse resultado
A médica da família ligou para avisar os parentes, que não esperavam esse resultado (Coronavírus)

São Luís - No sábado, 4, um idoso de 94 anos vítima de Covid-19 foi velado em uma cerimônia com caixão aberto em São Luís. A família de José Pereira da Cruz não esperava que o segundo teste fosse dar positivo, já que o primeiro teve resultado negativo para coronavírus. Todos que participaram do velório e enterro, se encontram em regime de quarentena por 15 dias.

José Pereira deu entrada em um hospital privado de São Luís no dia 31 de março, e realizou o teste rápido como protocolo, o exame deu negativo, mas também fez um outro teste que deveria sair no dia 8, porém, acabou saindo um pouco mais cedo, na segunda-feira, dia 6. A médica da família ligou para avisar os parentes, que não esperavam esse resultado. “Ela ligou para minha mãe para avisar, daí entramos logo em contato com o Centro de Informações Estratégicas e Vigilância em Saúde (Cievs) para fazermos o acompanhamento”, contou Roberta Gomes, neta da vítima.

O idoso teve um acompanhante no tempo em que ficou no hospital, já que o primeiro exame testou negativo, na manhã do dia 3 ele veio a óbito, o corpo só foi liberado por volta de 17h quando foi encaminhado para o velório, como ninguém sabia do real diagnóstico de morte, a cerimônia aconteceu com caixão aberto, e as pessoas que participaram, chegaram perto do corpo.

Por conta das medidas de isolamento social, apenas uma quantidade de cerca de 20 pessoas participaram da sentinela, entre elas parentes próximos, cuidadoras e técnicas de enfermagem que faziam seu atendimento em Home care (atendimento domiciliar). Logo na manhã do dia seguinte, o enterro foi realizado por volta de 10h e também contou com poucas pessoas.
Rotina

Até saberem o resultado do outro exame, todos continuaram suas rotinas normais, de acordo com as medidas de isolamento. A jornalista Roberta Gomes, desabafa sobre o medo de ter passado esses dias com seus dois filhos, sem saber da causa da morte do seu avô. “Eu tenho uma filha de 6 anos e um filho de 1 ano e dez meses, então é complicado porque a gente passou três dias sem saber e em contato direto com eles aqui em casa, sem nenhuma proteção de máscara”, afirmou ela. Aqueles que tiveram presentes no enterro e velório ainda não fizeram o teste para Covid-19, pois, A Secretaria de Saúde do Estado (SES) só está realizando o exame em indivíduos que apresentam sintomas.

Em nota a SES esclareceu, que está em vigor, desde 30 de março, a Portaria nº 202/2020 com instruções sobre o procedimento preventivo para preparo da pessoa que veio a óbito por suspeita ou confirmação de Covid-19.

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