Sobrevoo da imagem de Nossa Senhora leva esperança à população

Evento foi inédito na Grande Ilha, segundo a Pastoral da Comunicação da Igreja da Sé; imagem foi conduzida pelo padre Roney Carvalho, durante uma hora

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Imagem de Nossa Senhora da Vitória em sobrevoo na Grande Ilha para uma benção a todos, a fim de protegê-los da contaminação de Covid-19
Imagem de Nossa Senhora da Vitória em sobrevoo na Grande Ilha para uma benção a todos, a fim de protegê-los da contaminação de Covid-19 (Nossa Senhora)

Ainda vivenciando o período da Quaresma e a Campanha da Fraternidade 2020, os habitantes da região metropolitana de São Luís se encantaram, na manhã desta segunda-feira, 30, em um momento de fé e adoração, marcado pela bênção do padre Roney Carvalho, da Catedral Metropolitana de São Luís (Igreja da Sé). O pároco, desta vez, não estava no altar, mas, no alto. De um helicóptero, fez um sobrevoo pela Grande Ilha, durante aproximadamente uma hora, com a imagem de Nossa Senhora da Vitória, padroeira de São Luís.

O padre subiu ao helicóptero, cedido por uma empresa do ramo da construção civil, por volta das 9h. O objetivo foi abençoar todos os moradores da Grande Ilha, que estão passando por um momento difícil, devido à pandemia do coronavírus, que já infectou mais de 4,5mil pessoas e matou mais de 150 no Brasil. Durante o sobrevoo, conduzido pelo comandante Agnaldo, Roney Carvalho exibiu, cuidadosamente, a imagem de Nossa Senhora da Vitória lá do alto.

Embaixo, muitas pessoas aproveitaram o barulho das hélices para fazer oração, pois sabiam que a imagem estava sendo conduzida na aeronave. “Todos os municípios da Grande Ilha foram alcançados em um helicóptero cedido por uma empresa da construção civil, numa iniciativa de um casal católico, que se inspirou na padroeira da Amazônia, Nossa Senhora de Nazaré, em Belém”, destacou a Pastoral da Comunicação da Catedral Metropolitana de São Luís.

De acordo com a Pastoral da Comunicação, a bênção foi acompanhada pela oração do terço. Importante dizer que o sobrevoo foi transmitido ao vivo nas redes sociais, com mais de 22 mil visualizações, em um momento de esperança para os fiéis, que participaram nos comentários com agradecimentos e gratidão.

SAIBA MAIS

A Quaresma

A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, por meio do qual a Igreja Católica prepara os fiéis para a grande festa da Páscoa, que é a celebração da ressurreição de Jesus Cristo após a sua crucificação e morte. Nesse período, que contém várias evocações devido à simbologia do número 40, os cristãos são convidados às práticas da esmola, oração e jejum.
De acordo com o padre Roney Carvalho, a Quaresma é uma preparação que os cristãos fazem para a celebração da Páscoa. Trata-se de uma prática antiga, dos primórdios da Igreja Católica. A simbologia da passagem de Jesus pelo deserto durante 40 dias incide nesse período. Isso coincide com as palavras de Cristo sobre seus pedidos para que as pessoas se convertam e se comportem com autenticidade, sobretudo no que se refere à caridade, que deve ser algo feito de coração.
“Durante esse período, todas as missas trazem essa mensagem, com ênfase nos três conselhos de Jesus sobre a esmola, a oração e o jejum”, frisou o pároco da Catedral Metropolitana de São Luís. De acordo com o padre, a Quaresma termina na quinta-feira da Semana Santa, mas os quarenta dias se completam, mesmo, no Domingo de Ramos, que, na tradição da Igreja Católica, celebra a entrada de Jesus em Jerusalém montado em um jumentinho.

Nossa Senhora

Nossa Senhora da Vitória é um ícone católico venerado em Portugal, em particular na Freguesia de Famalicão, conselho da Nazaré. Na Paróquia de Famalicão, um dos antigos cultos populares é Nossa Senhora do Livramento, que se encontrava num pequeno nicho junto à estrada, na localidade de Quinta Nova. Esta imagem foi venerada por muitos, que por ela passavam em direção a Nazaré. Mais tarde, teve de ser recolhida para a casa da proprietária do terreno, devido a assaltos e vandalismos. O culto à Senhora da Vitória, em Famalicão, no concelho da Nazaré, foi levado pelas pessoas da Praia das Paredes da Vitória, que no início do século XVI se fixaram ali.

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