Surto de H1N1

Vacinação contra H1N1 é suspensa até MS enviar nova remessa de doses a SL

Semus credita esgotamento do primeiro lote de doses à grande procura; órgão aguarda reposição por parte do Ministério da Saúde e só agendados serão vacinados

Ismael Araújo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h20
Na primeira etapa de vacinação contra a Influenza H1N1, serão imunizados os idosos e as crianças
Na primeira etapa de vacinação contra a Influenza H1N1, serão imunizados os idosos e as crianças (influenza H1N1)

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) suspendeu a vacinação conta a Influenza H1N1 em todos os postos da capital, tendo em vista que devido à grande procura ontem, primeiro dia da campanha de imunização, esgotou-se o primeiro lote de doses disponíveis para São Luís.

De acordo com a Semus, logo que houver reposição da vacina pelo Ministério da Saúde a população será orientada a procurar os postos de vacinação. Até lá, apenas os acamados com agendamentos já feitos serão vacinados.

O primeiro dia da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza H1N1, também conhecida como gripe suína, nesta segunda-feira, 23, foi marcada por filas nos postos de saúde da Grande Ilha. A primeira etapa da campanha tem como o público-alvo idosos, profissionais da área de saúde e crianças maiores de 6 meses e menores de 6 anos. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) fez a entrega de 522 mil doses da vacina para as 18 Unidades Regionais de Saúde (URS) e, somente, na capital, foram montados 76 postos em unidades de saúde da rede municipal, estadual, escolas, farmácias e entidades parceiras.

O posto de saúde, localizado no bairro São Francisco, foi bem movimentado, principalmente, no decorrer da manhã. Foram montadas duas filas na frente do posto. Uma delas somente para idosos, enquanto, a outra destinada ao atendimento a crianças. Segundo a diretora administrativa do posto, Poliana Viana, os servidores estavam controlando a entrada no prédio para evitar aglomeração dentro do prédio.

Ela ainda informou que havia salas específicas de vacinação para cada grupo. Uma delas destinada a idosos, outra para crianças e uma somente aos profissionais da área de saúde. A expectativa era vacinar cerca de 150 pessoas, somente no período da manhã de ontem, enquanto em dias normais, são realizadas, pelo menos, 50 imunizações. “Estamos trabalhando para evitar a aglomeração de pessoas no prédio”, disse a diretora do posto.

Público
Leonardo Gomes, de 75 anos, chegou cedo ao posto de vacinação, utilizando máscara. “Fiquei sabendo da campanha por meio da mídia, então, vim logo com a minha esposa ao posto de saúde. O ideal é ficarmos imunizados dessa doença”, declarou o idoso.

O aposentado José de Ribamar Serra, de 74 anos, também foi ao posto de vacinação no primeiro dia da campanha e disse que ficou com receio de faltar vacina. “Vim logo ao posto, pois, pode faltar a vacina. O ser humano deve ter precaução, principalmente, nesse momento de pandemia de doenças”, contou o idoso.

Pedro Salomão, de 3 anos, estava acompanhado do pai, Salomão Lima, no posto. Salomão Lima frisou que a população deve ter esse cuidado, principalmente, com os filhos e idosos. “Estou adotando nomes de super-heróis para o meu filho ficar com a máscara e dessa forma mantendo os cuidados, que estão sendo impostos pelo Ministério da Saúde”, explicou.

O posto de saúde do Bairro de Fátima também amanheceu com fila na porta. Idosos e os pais levaram os filhos para vacinar. A doméstica Ana Cláudia dos Santos, de 35 anos, disse que levou os dois filhos para vacinarem com o intuito de não ficarem gripados. “A gripe está sendo forte. A pessoa fica sentindo febre e dores fortes”, frisou a doméstica.
Antônio Marcos Vieira, de 65 anos, foi até o posto, mas acabou não se vacinando por estar gripado. “Como estou resfriado, então, não posso tomar a vacina, mas na outra semana volto”, afirmou o idoso.

Aglomerações
A campanha de vacinação começou nesta segunda-feira, 23, e a primeira etapa vai até o dia 22 de abril deste ano. Para evitar a aglomeração nos pontos de vacinação, segundo a Prefeitura, há 76 postos, inclusive, em escolas. Desde ontem estão sendo ofertadas vacinas nas unidades de ensino: Escola Comunitária João de Deus (na Avenida Tales Neto, no bairro), Centro de Ensino Médio Vila Luizão (na Rua do Canavial, 100, Vila Luizão), Colégio Militar (na Rua do Arame, Vila Palmeira), Creche Maria de Jesus Carvalho (na Avenida Camboa), Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema do Centro Histórico), UEB Alberto Pinheiro (no Centro).

A partir de terça-feira, 24, começarão a ser aplicadas as doses na UEB Felipe Conduru (na Avenida Guajajaras, no São Cristóvão), UEB Maria Alice Coutinho (na Avenida São Luís Rei de França, Turu), Unidade de Ensino Menino Jesus de Praga (na Rua 2, Quadra 10, Planalto Vinhais II), UEB Rosália Freire (na Avenida dos Portugueses, na Vila Isabel) e UEB Tancredo Neves (na Unidade 201, Avenida Este 203, Cidade Operária).

Além das escolas, também há equipes de vacinadores na APAE (no Filipinho), no Hospital Aquiles Lisboa (no Bonfim), na Maternidade de Alta Complexidade (na Cohab), no Materno Infantil (este para atendimento específico a funcionários e acompanhantes) e nas farmácias Pague Menos do Anil e do João Paulo, a partir desta segunda-feira (das 7h às 17h). Além das unidades de ensino e farmácias, os postos de saúde da capital possuem equipes de vacina durante o período manhã e tarde. Aos sábados, 10 unidades da rede funcionarão das 7h ao meio-dia. São estas: PSF do São Francisco, C.S. Vila Bacanga, C.S Genésio Ramos Filho C.S Cohab – Anil, C.S Turu, PSF Dr. Antônio Carlos S. Reis I na Cidade Olímpica I, PSF Fabiciana Moraes no Habitacional Nice Lobão, C. S. São Raimundo, C.S Clodomir Pinheiro Costa e C.S. Vila Nova.

Equipes exclusivas
A Prefeitura também montou equipes exclusivas para vacinação de acamados e pessoas com dificuldade de locomoção, que não podem ir aos postos. Para ter acesso ao serviço, basta o usuário entrar em contato, previamente, pelo telefone (98) 99135-9332 (do setor de Imunização). O horário de atendimento por telefone será das 8h às 11h e das 14h às 16h, de segunda a quinta-feira. E das 8h às 11h nas sextas-feiras. Ainda foi disponibilizou canal, via e-mail, para que condomínios façam o agendamento para vacinação. Para fazer o agendamento basta enviar e-mail para influenza2020.semus.slz@gmail. com.

NÚMEROS

522 mil doses de vacinas do H1N1
76 postos de vacinação na Grande Ilha
22 casos de H1N1 no Maranhão

MAIS

H1N1

A vacina contra influenza não tem eficácia contra o coronavírus. No entanto, com a pandemia de coronavírus, poderá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para Covid-19, já que os sintomas são parecidos. De acordo com os dados da SES, até o último domingo, havia constatado 22 casos de H1N1, no Maranhão, por meio de exames laboratoriais. Foram notificados 10 óbitos, sendo um confirmado e dois descartados, após análise das amostras feitas pelo Instituto Evandro Chagas, órgão vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Enquanto outros sete seguem em investigação. A H1N1 é uma doença causada por uma mutação do vírus da gripe. Ela se tornou conhecida quando afetou grande parte da população mundial de 2009 a 2010. Os sintomas da Influenza A são bem parecidos com os da gripe comum, e a transmissão também ocorre da mesma forma. O problema é que ela pode levar a complicações de saúde muito graves, podendo ser fatal. O vírus vive por duas a oito horas em superfícies. Lavar as mãos com frequência ajuda a reduzir as chances de contaminação. O H1N1 apresenta os mesmos sintomas de uma gripe convencional como febre, dor de cabeça, mal-estar e tosse.

Campanha de vacinação contra influenza

23 de março (1ª fase): idosos (60 anos e mais), trabalhadores da saúde e crianças de 6 meses a menores de 6 anos.

16 de abril (2ª fase): professores das escolas públicas e privadas, profissionais das forças de segurança e salvamento e portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.

9 de maio (3ª fase): gestantes; puérperas; povos indígenas; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; população privada de liberdade; pessoas com deficiência, funcionários do sistema prisional e adultos de 55 a 59 anos.

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