São Luís - Uma coletânea de artigos publicados na imprensa local e que dá sequência às repercussões e efeitos colaterais decorrentes da crise das hipotecas, nos Estados Unidos, bem como levanta tese no campo da teoria econômica e da política monetária heterodoxa adotada no enfrentamento dessa crise. É o que trata o livro “Economia - Textos Selecionados”, de autoria do economista e professor Antônio Augusto Ribeiro Brandão, lançado no fim do ano passado e que está disponível na Livraria e Espaço Cultural Amei (São Luís Shopping).
Segundo o autor, os textos que recheiam o livro, os quais pretendem instigar o debate e incentivar a produção de outras literaturas sobre o assunto, foram escritos e publicados entre os anos de 2016 e 2019, abordando questões da conjuntura econômica brasileira e internacional na sequência da chamada crise das hipotecas ou da “bolha”, no mercado imobiliário dos Estados Unidos, ainda repercutida em diversos países da Europa, principalmente da zona do euro.
“O Brasil, como economia emergente e breve história através dos séculos, experimenta as consequências decorrentes dessa crise em meio ao processo de globalização, que tem trazido dificuldades mesmo aos países desenvolvidos, ocupados que estão com a exportação dos seus excedentes comerciais”, diz Antônio Augusto Brandão.
Formulações - A teoria econômica tradicional, ortodoxa, conforme ele, experimenta o surgimento de novas formulações, que ensejaram uma tese defendida por economistas de formação heterodoxa, tese essa ainda em discussão pela Academia antes de, se aprovada, ser chancelada pelos mercados. Entre os tópicos da obra, estão “O Estado e os bancos centrais”, “Um balanço na crise da bolha”, “Por que o dólar está subindo”, “O governo e as polícias públicas”, “Os economistas e suas escolas”, “Nova macroeconomia” e “Considerações sobre movimentos sociais”.
Na contracapa, o autor pergunta o porquê de o Brasil não conseguir crescer de forma sustentada, indagação que persiste mesmo depois do relativo sucesso do Plano Real e da criação da Unidade Real de Valor (URV), uma nova moeda que deveria ter desempenhado as funções básicas de intermediária de trocas, medida de valor e reserva de valor, não apenas uma delas. “Os governos, depois, pensaram que poderiam estimular a economia por meio da expansão da moeda e do crédito, mas foi o desastre que se viu”, escreve ele, que é economista formado pela Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro e pós-graduado em Administração Contábil e Financeira pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas.
No Magistério, Antônio Augusto Brandão é professor aposentado do Departamento de Economia da Universidade Federal do maranhão, onde ingressou em 1978 e foi professor fundador titular da Escola de Administração Pública do Estado do Maranhão e da Federação das Escolas Superiores do Maranhão, atual Universidade Estadual do Maranhão. Seu livro anterior publicado é intitulado “Desafios à Teoria Econômica”, edição bilíngue e lançado em 2015, inclusive em São Paulo. O livro “Economia - Textos selecionados” está à venda na Amei, ao preço de R$ 45,00.
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