Surto

Maranhão encerrou 2019 com oito casos de sarampo

Não foi registrado nenhum óbito, mas o Maranhão não atingiu a meta vacinal; este ano, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), não houve, ainda, nenhum caso de sarampo

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Vacinação contra sarampo não atingiu meta no Maranhão
Vacinação contra sarampo não atingiu meta no Maranhão (sarampo)

O sarampo é uma doença transmitida por secreções como gotículas eliminadas pelo espirro ou pela tosse. Um surto foi registrado no ano passado nas unidades federativas do Brasil. No Maranhão, aconteceram oito situações envolvendo a enfermidade durante 2019. Mas não houve ocorrências de mortes, como aconteceu em outros estados. De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), ainda não houve notificação de pessoas que contraíram sarampo em 2020 no território maranhense.

Conforme a SES, os oito casos positivos foram confirmados durante exames realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen/MA). Os números foram superiores, por exemplo, aos de Sergipe, que fechou 2019 com seis notificações do sarampo (60 suspeitas, sendo 54 delas descartadas). Desde o dia 1º de janeiro deste ano, ainda não foram detectadas ocorrências da doença no estado.

A Secretaria de Saúde do Maranhão frisou que realizou a capacitação de profissionais, bem como a dispensação de vacinas e insumos para as Unidades Regionais de Saúde (URS), conforme cronograma previsto pelo Ministério da Saúde. “Por fim, a Secretaria esclarece que, embora o Estado desenvolva ações complementares de vacinação, não pode ser substituída pela ação municipal. Deste modo, a SES tem recomendado o reforço da vacinação de rotina nas unidades básicas de saúde ser traçada em caso de resgate de emergência no Centro Histórico de São Luís”, destacou.

Cobertura vacinal
Em dezembro do ano passado, o Ministério da Saúde informou que o Maranhão estava entre as nove unidades federativas que não atingiram a meta mínima de 95% de cobertura vacinal contra o sarampo. O estado conseguiu 90%, de acordo com informações divulgadas pelo órgão do governo federal. Em 2019, foram realizadas duas campanhas nacionais para prevenir e combater a doença. A primeira foi destinada a crianças de 6 meses a menores de 5 anos. Já a segunda teve como foco a população de 20 a 29 anos.

O Ministério da Saúde informou que, além do Maranhão, não conseguiram a meta mínima os estados do Pará (85,4%), Roraima (87,9%), Bahia (88,9%), Acre (91,4%), Piauí (91,9%), São Paulo (93,7%) e Amapá (94,9%). O Distrito Federal, com 93,7%, também apareceu na lista. As unidades federativas que ultrapassaram a meta de vacinação foram: Mato Grosso do Sul (115,92%), Alagoas (115,7%), Rondônia (114,4%), Paraíba (110,2%), Pernambuco (109%), Ceará (108,2%), Minas Gerai (106,7%), Espírito Santos (105,7%), Santa Catarina (105,4%), Paraná (102,8%), Tocantins (102,5%), Rio de Janeiro (101,7%), Sergipe (99%), Rio Grande do Sul (101,1%), Goiás (103,4%), Mato Grosso (97,2%), Amazonas (96,4%) e Rio Grande do Norte (96,2%).

Resultado nacional
Apesar de nem todas as unidades da federação terem conseguido a meta de vacinação, o Ministério da Saúde frisou que os esforços do governo federal para proteger a população brasileira contra o sarampo trouxeram bons resultados. Segundo o órgão, o Brasil ultrapassou a meta de cobertura vacinal da tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba).

Casos no Maranhão
No Maranhão, oito casos foram confirmados em 2019, mas sem registros de óbitos, como foi confirmado pela Secretaria de Estado da Saúde. As duas últimas situações aconteceram em dezembro. Antes desses casos, o surto afetou uma criança de um ano, do município de Lima Campos, e um homem, de 32 anos, vindo de São Paulo, em visita à família em Pedreiras. Nesses dois episódios, as pessoas não eram vacinadas.

Os quatro casos anteriores foram registrados nos municípios de Vitorino Freire, onde uma mulher de 40 anos, vinda de São Paulo, contraiu a doença; em Lago da Pedra - um bebê de oito meses; em São Luís - um homem de 33 anos, vindo de Santos (SP), e em Caxias - uma criança, de sete meses. Em todos os casos, a Vigilância Epidemiológica dos municípios realizou as ações de bloqueio, com imunização dos contatos diretos.

SAIBA MAIS

Campanha nacional


A Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo, coordenada pelo Ministério da Saúde, foi realizada de forma seletiva, e ocorreu em duas etapas. No período de 7 a 25 de outubro, o público-alvo foram as crianças de seis meses a menores de 5 anos. O Dia D (Dia de Mobilização Nacional) aconteceu em 19 de outubro. Já a segunda etapa, que aconteceu de 18 a 30 de novembro, teve como foco a população de 20 a 29 anos. O Dia D foi registrado em 30 de novembro.

Em São Luís, somente na primeira fase da ação, foram imunizadas quase 12 mil pessoas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semus).

Sintomas do sarampo

Os sintomas do sarampo podem ser percebidos de 10 a 12 dias após o contato com o vírus. Por esse motivo, muitas vezes a infecção não é percebida no curto prazo, o que auxilia na sua proliferação. Em estágios mais avançados da doença, complicações graves podem começar a expressar-se no indivíduo, como cegueira, encefalite, diarreia, vômito, infecções de ouvido e respiratórias.

Os sintomas são febre alta; mal-estar; secreções no nariz; tosse; olhos vermelhos; manchas brancas dentro das bochechas e manchas vermelhas na pele (inicialmente no rosto e pescoço).

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