Transtornos

Ruas do Alto do Turu se transformam em ''rios de lama'' após chuvas

A Avenida 1 e a Rua da Vitória estão sem condições de tráfego. O asfalto praticamente sumiu por conta da lama

Nelson Melo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Placa do Governo mostra  que o serviço fixou pela metade
Placa do Governo mostra que o serviço fixou pela metade (Turu)

SÃO LUÍS - As ruas do Alto do Turu 3, no município de São José de Ribamar, estão precárias em alguns trechos. A situação se agravou devido às chuvas que estão caindo na região metropolitana de São Luís neste mês. A dimensão do problema é maior na Rua da Vitória, que dá acesso a Maioba, e Avenida 1, que leva até o Miritiua. Nas duas vias, um “rio de lama” se formou. Os veículos trafegam com muita dificuldade. As casas da região estão na cor do barro que é lançado nas paredes.

O Jornal O Estado esteve no local e verificou como a situação está grave. O asfalto praticamente sumiu. O barro está em quase toda a extensão das duas vias, sobretudo na Rua da Vitória, onde foram colocados cavaletes e redes na pista. Os carros, motocicletas e caminhões passam lentamente, pois, no chão, a profundidade dos buracos pode ser uma armadilha. Inclusive, condutores já tiveram muitos prejuízos em decorrência do péssimo estado de conservação do pavimento.

Quando os veículos trafegam na Rua da Vitória, espalham a lama para as paredes das casas e comércios. De acordo com pessoas que residem ali, o problema já dura aproximadamente dois anos, quando uma obra de drenagem profunda do Governo do Estado foi iniciada, mas nunca concluída. “Cada ano que passa, fica pior isso daí. É uma vergonha. E pior que ninguém faz nada. A gente já cansou de chamar a imprensa, mas os governantes não dão a mínima”, desabafou o servente de pedreiro João Mourão Alencar, de 60 anos.

Segundo ele, que mora na região há quase 20 anos, vários carros ficaram atolados nas duas ruas, principalmente na Rua da Vitória. Em um dos casos relatados pelo servente de pedreiro, um automóvel quase ficou boiando depois que sofreu uma pane mecânica. “Estava chovendo muito nesse dia. O motorista ficou desesperado. Ele estava com uma criança dentro. A gente o ajudou a sair. Foi horrível. Eles poderiam ter morrido”, relembrou ele.

Devido ao problema, os prejuízos às pessoas que possuem estabelecimentos comerciais na Rua da Vitória, perto do “rio de lama”, são grandes. “As vendas caíram cerca de 50% desde que começou essa obra aí, que nunca terminou. Tem muita casa para vender aqui. E colegas meus se mudaram”, declarou o comerciante Moisés Silva, que tem uma loja de material de construção no local.

Avenida 1

A situação na Avenida 1, Quadra 10, também é precária. Há vários sulcos no chão, por onde a água está escorrendo em direção à Rua da Vitória. Ao longo da via, uma retroescavadeira, utilizada na obra de drenagem profunda, está parada. E também placas de sinalização sobre a obra do Governo do Estado. “Essa máquina aí está só de enfeite. Há muito tempo não entra em funcionamento. Já é uma ‘atração cultural’ aqui no Alto do Turu”, ironizou um morador, que estava passando de bicicleta pelo local.

Os moradores da Rua 11, Quadra 20, que é perpendicular à Avenida 1, são afetados pela situação das duas vias. “A gente fica no meio dessa porcaria aí. Pior que, para esperarmos o ônibus, a gente tem que passar por essa pista imunda, repleta de buracos, lama, enfim. Uma vizinha minha escorregou outro dia ali, quando caminhava para a igreja. E pior que ela é idosa”, comentou Alberina Joana, 75.

O Jornal O Estado pediu uma nota ao Governo do Estado, acerca da obra que está sendo realizada no local, mas, até o fechamento da edição da matéria, não houve resposta.

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