Corrida internacional

Com final surpreendente, o queniano Kibiwott Kandie vence a São Silvestre

Kibiwott ultrapassou Jacob Kiplimo, de Uganda, nos metros finais e quebra recorde da prova. No feminino, domínio total da queniana Brigid Kosgei

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Jacob Kiplimo liderava a prova e na reta final foi surpreendido pelo queniano Kibiwott Kandie
Jacob Kiplimo liderava a prova e na reta final foi surpreendido pelo queniano Kibiwott Kandie (corrida)

SÃO PAULO - O jovem Jacob Kiplimo, de Uganda, que tem apenas 19 anos, vencia a prova masculina da São Silvestre até os últimos metros, e já começava a erguer os braços para comemorar a vitória e o novo recorde entre os homens, mas viu o queniano Kibiwott Kandie tomar a liderança nos instantes finais, em uma virada surpreendente, e vencer a corrida na manhã de ontem,31 de dezembro.

O atleta do queniano ainda quebrou o recorde da prova, com a marca de 42min59s. A marca pertencia ao lendário corredor queniano Paul Tergat, que, em 1996, completou o percurso em 43 minutos e 12 segundos.

Com a vitória de Kandie, o Quênia mantém o bom retrospecto recente na corrida, conquistando pela 15ª vez a prova, após três anos sem o título. O brasileiro mais bem colocado foi Daniel Ferreira do Nascimento, na 11ª colocação, com 46 minutos e 32 segundos.

No feminino, também deu Quênia. Atual recordista mundial da maratona e uma das principais fundistas do mundo na atualidade, Brigid Kosgei venceu com facilidade a prova com o tempo de 48 minutos e 54 segundos, apenas seis segundos acima do recorde entre as mulheres, que pertencia à também queniana Priscah Jeptoo, que terminou o percurso em 48 minutos e 48 segundos, em 2011.

A vitória de Kosgei mantém a hegemonia recente do Quênia entre as mulheres na São Silvestre, com o país conquistando a quarta prova seguida, a 13ª nas 20 edições disputadas desde o ano 2000. A última brasileira a vencer a corrida foi a mineira Lucélia Peres, em 2006, na única ocasião em que o Brasil alcançou uma dobradinha, com o também mineiro Franck Caldeira chegando na frente entre os homens.

Entre outras marcas, Kosgei tem dois títulos da Maratona de Chicago (quando bateu o recorde mundial no bicampeonato, com 2h 14m 04s) e é a mais jovem vencedora da Maratona de Londres, quando venceu a prova, disputada em fevereiro, com apenas 25 anos.

Completaram o pódio Sheila Chelangat (50 min e 10 s), Tisadk Alem Nigus (50 min e 12 s), Pauline Kamulu (50 min e 28 s) e Delvine Meringor (50 min e 51 s). A brasileira mais bem colocada foi Graziele Zarri, na 11ª colocação, completando o percurso em 54 minutos e 56 segundos.

Favoritismo

Na prova feminina, Brigid Kosgei, do Quênia, atual recordista mundial da maratona, confirmou o favoritismo e dominou a prova do início ao fim. A estreante da São Silvestre correu todo o percurso sozinha e chegou muito próximo do recorde da prova, de 2016, com o tempo de 48m56s. O recorde de 48m35s pertence a Jemina Sumgong, também queniana.

Kosgei, de 25 anos, obteve a melhor marca feminina da história das maratonas ao completar os 42,195km em 2h14min04s na Maratona de Chicago, em Outubro. A marca anterior durava 16 anos (da britânica Paula Radcliffe - 2h15m25s).

O segundo e terceiro lugares ficaram com Sheila Chelangat, do Quênia, e Tisadk Nigus , da Etiópia. A brasileira mais bem colocada foi Graziela Zarri, terminando a prova em 11º com 54min56s.

Mais

Confira todos os resultados abaixo:

Masculino:
1º Kibiwott Kandie (Quênia) - 42s59s
2º Jacob Kiplimo (Uganda) - 43m00s
3º Titus Ekiru (Quênia) - 43m54s

Feminino:
1º Brigid Kosgei (Quênia) - 48m56s
2º Sheila Chelangat (Quênia) - 50m10s
3º Tisadk Nigus (Etiópia) - 50m12s

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