Inflação

Após cinco meses de deflação, IPCA apresenta alta de 1,05% em São Luís

De acordo com dados do IBGE, entre as regiões pesquisadas, a capital maranhense teve a maior variação no mês de novembro, com destaque para aumentos nos grupos habitação, transporte e alimentação e bebidas

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Preço da carne bovina teve alta de 6,82% em novembro, contribuindo para a alta no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
Preço da carne bovina teve alta de 6,82% em novembro, contribuindo para a alta no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (ipca)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, em São Luís, foi de 1,05%, após cinco meses consecutivos de baixa. A capital maranhense teve a maior variação regional do índice entre as 16 regiões brasileiras pesquisadas. Os grupos habitação, transporte e alimentação e bebidas responderam por 87% da inflação do IPCA de novembro.

Ao contrário do que aconteceu no mês anterior, quando a maioria dos grupos de despesas apresentou quadro deflacionário, em novembro, grande parte apresentou quadro de elevação de preços, com destaque para: habitação (2,21%), transporte (2,04%), despesas pessoais (1,38%) e alimentação e bebidas (0,92%).

Mas houve recuos de preços nos grupos de despesas artigo de residência (-1,21%), vestuário (-0,76%), que, uma vez mais no ano, apresentou quadro deflacionário, e comunicação (-0,02%).
No grupo habitação, as contribuições mais significativas para a taxa de inflação de 2,21% foram os subitens: energia elétrica residencial, em função da alteração, de outubro para novembro, da bandeira tarifária amarela para a bandeira tarifária vermelha (elevação de R$ 4,17 a cada 100 kwh consumidos) e elevação de PIS e Cofins; e gás de botijão, que teve aumento, em São Luís, de 5,38%.

Em relação ao grupo transporte, as elevações de preços nos subitens gasolina (5,91%), ônibus interestadual (5,67%), etanol (5,61%) e óleo diesel (2,47%) foram as mais significativas. Porém, destaca-se que as elevações nos preços dos subitens conserto de automóvel (1,26%) e motocicleta nova (1,23%) tiveram mais impacto na elevação de preços do grupo transporte que óleo diesel.

No que diz respeito ao grupo alimentação e bebidas, aumento na carne (6,82%), melancia (6,30%), limão (3,23%) e alface (3,02%), além de feijão branco (5,02%) e óleo de soja (2,86%), influenciaram no comportamento de elevação de preços nesse grupo de despesas. De forma semelhante, alimentação fora do domicílio que, em outubro, teve deflação de -0,48%, em novembro, teve elevação de preço de 0,48%.

O grupo despesas pessoais teve aumento de preço muito em função do comportamento de dois subitens com forte impacto: jogos de azar/as loterias oficiais (24,35%) e empregado doméstico (0,31%). Nesse grupo de despesas, também tiveram aumento os subitens brinquedos (2,64%) e boate e danceteria (1,23%).

No grupo saúde e cuidados pessoais, houve uma aceleração nos preços de outubro (+0,08%) para novembro (+0,63%). O aumento de preços no item produtos farmacêuticos (1,60%) deu contribuição significativa para o comportamento inflacionário nesse grupo de despesa.

Deflação
Em relação aos grupos de despesas que apresentaram deflação, destaque para artigos de residência, que, em novembro, apresentou recuo de preços nos subitens colchão (-9,62%), televisores (-6,17%), máquina de lavar (-4,61%) e fogão (-4,54%). Pelo terceiro mês consecutivo, esse grupo de despesas apresentou diminuição de preços.

No ano de 2019, o IPCA acumulado em São Luís foi de 2,76%. Em 12 meses, o acumulado foi de 3,02%. Os dois resultados ficaram abaixo dos números para Brasil (acumulado no ano de 3,12% e acumulado em 12 meses de 3,27%).

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte. Abrange dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de outubro a 27 de novembro de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de setembro a 28 de outubro de 2019 (base).

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