Saúde

Brasileiro consome o dobro de sal recomendado pela OMS, diz estudo

Ingestão excessiva provoca hipertensão, uma das principais desencadeadoras de doença renal crônica. Médica nefrologista alerta para a necessidade de diminuição do consumo de sal no país

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
Uma das principais maneiras de se prevenir a hipertensão e a doença renal crônica, é maneirar no consumo de sal
Uma das principais maneiras de se prevenir a hipertensão e a doença renal crônica, é maneirar no consumo de sal (sal)

Rio - Os brasileiros consomem, em média, 9,34 gramas de sal por dia - praticamente o dobro dos 5 gramas recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O dado alarmante é uma das conclusões de estudo divulgado nesta terça-feira, 26, pela Fiocruz. A ingestão excessiva do sal está relacionada ao aumento de doenças cardiovasculares e a hipertensão arterial, uma das principais causadoras da doença renal, que provoca pelo menos 2,4 milhões de óbitos por ano e é a 11ª causa de morte global e que vem crescendo drasticamente.

Nas últimas duas décadas, o Brasil viu o número de pessoas com doença renal crônica triplicar. Hoje mais de 120 mil cidadãos fazem diálise no país e estima-se que pelo menos 25 mil deles morram por ano. Uma das principais maneiras de se prevenir é, exatamente, maneirar no consumo de sal.

"Uma das maneiras mais eficazes e de baixo custo de se prevenir contra a insuficiência renal é diminuindo a ingestão de sal de cozinha. Aliado à pratica de exercícios físicos e alimentação balanceada, isso deve ser encarado como um bom hábito e não um sacrifício", afirma a Dra. Ana Beatriz Barra, médica nefrologista e gerente médica da Fresenius Medical Care.

A percepção sobre o consumo elevado de sal é baixa entre os brasileiros: apenas 14,2% dos adultos se referiram a seu consumo como alto. Apenas pouco mais de 2%, de fato, consomem menos sal do que o recomendado.

"O acompanhamento médico e exames simples como a dosagem dos níveis de creatinina no sangue e o exame de urina são muito importantes para avaliar a saúde renal e seus fatores de risco, além de indicar a necessidade de ajustes na dieta dos pacientes para evitar complicações no futuro. A redução do sal na alimentação tem potencial para diminuir uma grande fração de mortes prematuras e aumentar a expectativa de vida saudável na população brasileira", destaca a médica.

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