Surto

Apesar de surto no país, Maranhão segue com apenas um caso de sarampo

MS anunciou que já enviou 1,6 milhão de doses extras da vacina para os estados; primeiro óbito foi confirmado e aconteceu em São Paulo

Nelson Melo / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Vacinação contra sarampo está garantida no Maranhão, com doses extras distribuídas pelo Ministério da Saúde
Vacinação contra sarampo está garantida no Maranhão, com doses extras distribuídas pelo Ministério da Saúde (T)

SÃO LUÍS - Apesar do surto ativo de sarampo no Brasil, o Maranhão continua com apenas um caso da doença confirmado, conforme último boletim epidemiológico, divulgado pelo Ministério da Saúde na quarta-feira (28). No território maranhense, a pessoa que contraiu a doença estava na cidade de Vitorino Freire. O órgão do governo federal anunciou que já enviou 1,6 milhão de doses extras da vacina para os estados. O primeiro óbito resultante da doença foi confirmado e ocorreu em São Paulo.

Segundo o novo boletim, foram registrados, em todo o Brasil, nos últimos 90 dias, 2.331 casos confirmados de sarampo, entre os dias 2 de junho e 24 de agosto, em 13 estados. São Paulo lidera com 2.299 situações, de acordo com o Ministério da Saúde. Na sequência, aparecem Rio de Janeiro, com 12; Pernambuco, com 5; Santa Catarina, com 4, e Distrito Federal, com 3. Bahia, Paraná, Maranhão, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Sergipe, Goiás e Piauí estão empatados com um caso cada.

Dose extra
Nesta semana, o Ministério da Saúde começou a enviar 1,6 milhão de doses extras da vacina tríplice viral a todos os estados, para garantir a dose extra, contra o sarampo, em todas as crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias. No total, segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, são 2,9 milhões de crianças que não receberam a chamada “dose zero”. Somente para os 13 estados em situação de surto ativo do sarampo, serão destinadas 960.907 doses.

Esse envio de doses extras da vacina é uma resposta imediata do governo federal em decorrência do aumento de casos da doença em alguns estados, como frisou o Ministério da Saúde. Desse total, 56% já foi enviado para São Paulo, que concentra 99% dos casos.

Primeiro óbito
O Ministério da Saúde anunciou o primeiro óbito decorrente da doença neste ano no Brasil. A morte aconteceu no Estado de São Paulo. Segundo o boletim epidemiológico divulgado nessa quarta-feira, a vítima foi um homem de 42 anos, que não tinha recebido dose da vacina ao longo da vida.

Último caso
No Maranhão, o último caso da doença, antes do confirmado em Vitorino Freire, este ano, ocorreu na cidade de Coelho Neto, na Região dos Cocais. A Secretaria de Estado da Saúde disse que essa situação aconteceu em 1999, ou seja, há 20 anos.

Vacinação
A vacinação contra o sarampo começou no último dia 22 em todo o Brasil, seguindo determinação do Ministério da Saúde, para crianças de seis meses a menores de 1 ano. Segundo o órgão do governo federal, essa medida preventiva deve alcançar 1,4 milhão de crianças, que não receberam a dose extra, chamada de “dose zero”, além das previstas no Calendário Nacional de Vacinação, aos 12 e 15 meses.

Na rotina do Sistema Único de Saúde (SUS), a tríplice viral está disponível em todos os mais de 36 mil postos de vacinação em todo o Brasil. A vacina previne também contra rubéola e caxumba. Neste ano, o Ministério já enviou para os estados 17,7 milhões de doses da vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola. Esse quantitativo é para atender a vacinação de rotina, conforme previsto no Calendário Nacional de Vacinação, em todos os estados do País, bloqueio vacinal e para intensificar a vacinação de crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias de idade.

A vacina é a principal forma de tratamento do sarampo. É importante esclarecer que a chamada “dose zero” não substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança. Assim, além dessa dose que está sendo aplicada agora, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose); e aos 15 meses (2ªdose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral + varicela, respeitando-se o intervalo de 30 dias entre as doses. A vacinação de rotina das crianças deve ser mantida independentemente de a criança ter tomada a “dose zero” da vacina.

Com relação ao bloqueio vacinal, a SES já se manifestou e anunciou que seguiu orientação do Ministério da Saúde. Esse bloqueio significa que, em situação de surto ativo do sarampo, quando identificado um caso da doença em alguma localidade, é preciso vacinar todas as pessoas que tiveram ou têm contato com aquele caso suspeito em até 72 horas.

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