Arte

Traços do cotidiano

Artista plástico venezuelano Normando A. Colina abre exposição hoje, às 19h30, na Fast Frame; essa é a primeira mostra do artista fora de sua terra natal

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Exposição de Normando A. Colina traz inspirações do cotidiano
Exposição de Normando A. Colina traz inspirações do cotidiano (exposição venezuelano)

SÃO LUÍS- Retratar o cotidiano em todas as suas nuances. As cores fortes da natureza, a expressão facial da vendedora ambulante que usa sua voz para conquistar seus clientes, a intensidade do lago que faz parte do trajeto de todos os dias. Esse olhar artístico do cotidiano é a característica da exposição “Isto não é um pincel, é uma arma de sobrevivência”, do artista plástico venezuelano Norlando A. Colina, que está em cartaz a partir de hoje, às 19h30, na Fast Frame (Renascença). A mostra ficará em cartaz até setembro com visitação em horário comercial.

Essa é a terceira exposição individual do artista e a primeira fora da Venezuela. Serão 17 telas que expressam referências do artista em seu cotidiano no país de origem. Morador da cidade de Maracaibo, trouxe para suas obras um pouco das cenas de sua cidade. “Tem os vendedores de ruas, a emoção que eles expressam gritando para as vendas, o contato com a natureza, tudo que estava no caminho do trabalho”, explica ele.

Sobre a escolha por cores mais fortes para suas telas, o venezuelano explica que a intensidade é inerente a sua personalidade. “ É meu estilo, trazer a intensidade da natureza mais pura. A vida é muito intensa, Maracaibo é muito viva”, destaca,

Essa é a primeira vez que o artista plástico visita o Brasil e sua vinda veio motivada por um passeio de férias e também para uma reunião em família. O filho Norman Eduardo Colina é médico cirurgião cardiovascular e radicado em São Luís. “Eu vim para São Luís, fiquei de 2004 a 2007, passei uma temporada na Europa e retornei a São Luís em 2013, essa é a primeira vez dos meus pais no Brasil”, destaca.

Mesmo tendo todas suas obras da exposição feitas na Venezuela, em sua coleção, Norlando Colina trouxe uma tela que representa o Brasil, com elementos que expressam a cordialidade do brasileiro, a importância da natureza e a religiosidade e não descarta que seus próximos trabalhos tenham inspiração em paisagens conhecidas em São Luís. “O centro é muito expressivo, as igrejas, a arquitetura antiga”, pontua.

Trajetória

Mesmo com a arte pulsando em sua vida desde criança, destino dos dois só se cruzaram na vida adulta, especificamente há 11 anos. Engenheiro petroquímico prestes a se aposentar decidiu participar de um concurso de talentos na empresa onde trabalhava.

Ao participar de um concurso de pintura, chamou atenção do coordenador do evento que o convidou para criar trabalhos durante o evento. Depois disso, começou a dedicar seu tempo livre para a criação artística, que optou por usar uma técnica mista de pintura sobre tela e também por cores fortes e uma técnica livre, de acordo com sua inspiração.

Hoje aos 69 anos, dedica-se a sua arte e orgulha-se de alguns quadros já estarem fora da Venezuela. “As primeiras telas ficaram com a família e uma hoje está em Las Vegas, na residência de uma parente que mora lá”, conta.

Serviço

O quê: Exposição “Isto não é um pincel, é uma arma de sobrevivência” de Norlando A. Colina

Quando: abertura hoje,às 19h30

Onde: Fast Frame (Renascença)

Isto não é um pincel, é uma arma de sobrevivência

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