LBF

Sampaio Basquete vence Vera Cruz, fecha série com "varrida" e conquista bicampeonato da LBF

Em um Costa Rodrigues lotado, o Tricolor fechou a série decisiva em 3 a 0.

Gustavo Arruda / Imirante

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Com a conquista de 2019, o bicampeão Sampaio Basquete se tornou o segundo maior vencedor da história da Liga de Basquete Feminino. Foto: De Jesus / O Estado MA.
Com a conquista de 2019, o bicampeão Sampaio Basquete se tornou o segundo maior vencedor da história da Liga de Basquete Feminino. Foto: De Jesus / O Estado MA.

SÃO LUÍS – Após três anos de espera, o torcedor do Sampaio Basquete voltou a soltar o grito de campeão da Liga de Basquete Feminino na noite desta quinta-feira (22). Contando com o apoio de três mil tricolores em um Ginásio Costa Rodrigues lotado, a Bolívia Querida fez uma partida de alto nível diante do Vera Cruz Campinas, campeão nacional em 2018, venceu por 76 a 70, fechou a série decisiva da Liga com uma “varrida” por 3 a 0 e garantiu o segundo troféu na maior competição de basquete feminino do país: em 2016, o Sampaio derrotou o Corinthians na final da LBF.

Ao contrário dos dois primeiros confrontos da final, quando foi dominante e teve poucas dificuldades, o Sampaio Basquete teve uma atuação pouco inspirada no primeiro tempo do Jogo 3. Sofrendo com a marcação em zona do Vera Cruz Campinas e mostrando afobação na quadra de ataque, o time maranhense foi para o intervalo perdendo por quatro pontos. Nos dois últimos quartos, entretanto, o Sampaio reassumiu o controle do jogo: apostando em uma forte defesa, transição veloz para o ataque, jogo coletivo e velocidade, o Tricolor assumiu a liderança do placar no terceiro período e confirmou a vitória nos 10 minutos finais, para delírio da torcida no Costa Rodrigues.

O Sampaio Basquete assumiu a liderança do placar no terceiro período. Foto: De Jesus/ O Estado MA.
O Sampaio Basquete assumiu a liderança do placar no terceiro período. Foto: De Jesus/ O Estado MA.

O trabalho em equipe do Sampaio Basquete ficou evidente na ficha de estatísticas do terceiro jogo contra o Vera Cruz Campinas: cinco das 10 atletas que entraram em quadra anotaram 10 ou mais pontos, com destaque para a ala Tati Pacheco, cestinha tricolor com 17 pontos e três roubadas de bola. A rotação do Tubarão também fez a diferença, com a armadora Tainá Paixão anotando 15 pontos e sendo eleita a MVP (melhor jogadora) das Finais, enquanto a ala-armadora Tyler Scaife fez 14 pontos. Destaque na armação do Sampaio, Briahanna Jackson fez 13 pontos, e a ala Raphaella Monteiro contribuiu com um duplo-duplo: 10 pontos e 10 rebotes.

Mais discretas na quadra de ataque, a ala Vitória Marcelino e a pivô Clarissa foram importantes na defesa e registraram estatísticas impressionantes: enquanto Vitória conseguiu seis roubadas de bola, Clarissa pegou 16 rebotes, sendo nove deles na quadra de ataque. Pelo lado do Vera Cruz Campinas, quem se destacou foi a armadora Babi, que fez 22 pontos, pegou seis rebotes, distribuiu quatro assistências e levou o prêmio de MVP do terceiro jogo da final da LBF.

Com a conquista de 2019, o bicampeão Sampaio Basquete se tornou o segundo maior vencedor da história da Liga de Basquete Feminino, atrás apenas de Americana, que faturou quatro troféus em 2012, 2014, 2015 e 2017. A Bolívia Querida também foi vice-campeã em 2018 e semifinalista em 2017. Já o Vera Cruz Campinas, que é uma continuação do projeto de Americana, sofre sua primeira derrota em uma final da LBF, depois de ter sido campeão em 2018.

O jogo

Empurrado pela torcida, o Sampaio Basquete tentou abrir vantagem logo no primeiro quarto, mas foi surpreendido pelo Vera Cruz Campinas. Sem contar com sua principal jogadora, a armadora argentina Melissa Gretter, a equipe campineira apostou suas fichas em uma marcação mista, com as atletas de perímetro fechando as armadoras do Sampaio e as alas/pivôs ocupando os espaços na entrada do garrafão. Com a defesa encaixada e Babi chamando a responsabilidade na quadra de ataque, o Vera Cruz venceu o período por 18 a 16.

O Sampaio Basquete teve o enorme apoio de um ginásio lotado. Foto: De Jesus / O Estado MA.
O Sampaio Basquete teve o enorme apoio de um ginásio lotado. Foto: De Jesus / O Estado MA.

Disposto a mudar o cenário da partida, o técnico Cristian Santander promoveu a entrada de Tyler Scaife, que conseguiu fugir da marcação no perímetro e acertou arremessos importantes pelo Sampaio Basquete. O Vera Cruz, porém, manteve o ritmo na quadra de ataque: contando com seis pontos de Mariana Dias, o time de Campinas levou uma vantagem de quatro pontos para o intervalo.

O terceiro quarto foi marcado pelo ritmo intenso das duas equipes, que começaram a se soltar no ataque, mas não conseguiram abrir vantagem no placar. Com Babi precisa no ataque, e contando com os auxílios de Ariadna e Nádia, o Vera Cruz manteve a liderança no placar até os minutos finais do período, quando o Sampaio, com grande atuação de Tainá Paixão, conquistou a virada e levou uma vantagem mínima para os 10 minutos finais de partida.

O Tricolor e o Vera Cruz se soltaram no terceiro quarto do duelo. Foto: De Jesus / O Estado MA.
O Tricolor e o Vera Cruz se soltaram no terceiro quarto do duelo. Foto: De Jesus / O Estado MA.

No último quarto, o Sampaio Basquete mostrou o basquete que lhe consagrou nesta temporada da LBF: com defesa sólida, transição implacável e velocidade na definição das jogadas, o time maranhense abriu vantagem e empolgou o torcedor no Costa Rodrigues. Babi e a veterana Karla tentaram manter o Vera Cruz na partida, mas a Bolívia Querida, liderada por Raphaella Monteiro, confirmou a vitória e o segundo título na competição nacional.

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