Exposição

Legado artístico resgatado em exposição inédita

Exposição "Maria Luisa Serra de Castro: O Arquétipo da Contemporaneidade" destacará obras importantes de artista plástica pouco conhecida em sua própria terra

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23
Obra rara de Maria Luísa Serra de Castro
Obra rara de Maria Luísa Serra de Castro (Quadro de Maria Luisa)

São Luís - A exposição “Maria Luísa Serra de Castro: O Arquétipo da Contemporaneidade” será aberta hoje, às 19h, no Centro Cultural do Ministério Público (Centro), com curadoria de Couto Corrêa e Teresa Moraes Rêgo, permanecendo em cartaz até o dia 30 deste mês. Trata-se de uma artista pouco conhecida pelos próprios maranhenses e que completaria 100 anos de vida.

A exposição apresentará sete telas originais e 10 releituras de autoria de alunos do Programa de Ação Integrada para o Aposentado (PAI). “As telas originais foram emprestadas por artistas visuais como Marísia Batista e por parentes da homenageada, como a prima Maria da Graça Serra de Castro Brandão e o filho Fernando Pantoja. Além das obras, será exibido um documentário de 13 minutos e um filme de animação produzido por Manlio Macchiavello”, antecipou Couto Corrêa.

Os quadros de Maria Luísa Serra de Castro estão espalhados pelo mundo, principalmente na Europa. A artista nasceu no Maranhão em 1919. Sua vocação tardia teve início no Centro de Pesquisa de Arte, orientado por Bruno Tausz, no Rio de Janeiro, e concretizou-se com a mostra individual realizada no mesmo Centro, em 1974. Daí em diante, ela participaria de vários salões e coletivas, sempre com interesse de público e de crítica em torno de seus temas grotescos, aos quais imprime uma aura de pungente poesia.
São figuras de bordel, de circo, especialmente mulheres em desagregação física, das quais a artista extrai um conteúdo humano comovente, expressando-se num cromatismo vibrante e numa técnica expressionista altamente emotiva. Suas caricaturas da figura humana atingem um alto grau de interpretação trágica, simbolizando a feiura e o desagradável, em termos de inquietante nostalgia. Seu realismo toca o limite do histriônico, suas criaturas estão perdidamente relacionadas com o mundo do medo e do sonho.

Trajetória
Natural de Pedreiras (MA), a artista cresceu em São Luís, onde se casou, aos 19 anos, com Álvaro, um médico de quem havia sido aluna no curso de normalista. Embora formada, nunca deu aulas e se mudou para o Rio de Janeiro logo após se casar. O marido foi professor da UFRJ e da federal fluminense. Maria Luísa não teve atividade profissional até o ano da perda do companheiro.

Quando isso aconteceu, a filha Roselane, artista plástica, sugeriu que a mãe estudasse arte. E foi no Centro de Pesquisas de Arte Ivan Serpa que ela começou a cursar Pintura. O que era uma terapia, acabaria se tornando um trabalho sério. Quando pintava, não atendia nem telefone. Quatro anos após o início do curso, já estava fazendo sua primeira exposição individual. Sua arte, que retratava figuras grotescas, de prostitutas e trupes circenses, foi logo reconhecida. Vendeu trabalhos até para o Japão.

Serviço

O quê

Exposição “Maria Luisa Serra de Castro: O Arquétipo da Contemporaneidade”

Quando

Abertura hoje, às 19h, permanecendo em cartaz até o dia 30 de agosto

Onde

Centro Cultural do Ministério Público (Centro)

Entrada franca

Maria Luisa Serra de Castro: O Arquético da Contemporaneidade

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