Demora

Parte do Terminal Rodoviário de São Luís continua interditada

Após 63 dias, área de desembarque continua interditada pela Defesa Civil; comerciantes reclamam de invasores; Sinfra diz que projeto foi concluído e analisa preços para início dos serviços

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Área que continua interditada no Terminal Rodoviário de São Luís
Área que continua interditada no Terminal Rodoviário de São Luís (rodoviária de São Luís)

SÃO LUÍS - Há 63 dias, parte do Terminal Rodoviário de São Luís foi interditado. O espaço segue sem nenhuma obra, até o momento. Comerciantes que trabalhavam no local bloqueado por equipes da Defesa Civil estão com seus estabelecimentos fechados e reclamam da falta de condições dadas para que sigam realizando seu trabalho.

“Esse restaurante é minha única fonte de renda. Nós buscamos por respostas e nada nos é dito”, diz Raimundo Nonato Pisk, proprietário do restaurante que segue sem funcionar no Terminal Rodoviário. A parte interditada compreende a área dos fundos do terminal. Por isso, algumas plataformas de desembarque, um restaurante, quiosques e guarda-volumes tiveram de ser completamente fechados, visto que um laudo da Defesa Civil estadual constatou que a estrutura do telhado daquela região está comprometida.

O medo de desabamento se intensificou após o acidente ocorrido com o telhado do Ginásio Georgiana Pflueger, o Castelinho. O material usado na estrutura dos locais é a mesma. Além de a infraestrutura estar comprometida, o comerciante reclama que pessoas estão usando as dependências interditadas como ponto de venda de drogas e, também, para ter relações sexuais.

“Camisinhas usadas são encontradas pelo chão com frequência. Pedimos para fazerem uma limpeza, porque a situação estava feia. A segurança do terminal é patrimonial, por isso os guardas não podem interferir”, explicou o comerciante. Alguns tapumes que fazem a proteção do local estão quebrados ou afastados, facilitando a entrada dos vândalos.

Dois meses
O Estado noticiou, no dia 23 de abril, a interdição do local. “Nós estamos com essas áreas fechadas há duas semanas e ainda não vimos nenhum sinal de obra no local”, disse à época Rosa Cruz, presidente da Associação de Permissionários da Rodoviária (Rodoservice). Ela explicou que a situação se agravou, pois a equipe da administração ainda não deu um parecer sobre quando os serviços que existiam no local poderão voltar a ser realizados, como o restaurante do comerciante Raimundo Nonato Pisk.

O gerente do Terminal Rodoviário de São Luís, Marcos Adriano, explicou para O Estado que a ida da Defesa Civil ao local foi a partir de um pedido feito pela própria empresa que administra o espaço. “Sabemos que a estrutura daqui é a mesma do Ginásio Castelinho, e depois daquela tragédia, com o intuito de manter a segurança nós pedimos que eles viessem verificar nossa estrutura”, disse o gerente à época.

Na mesma matéria, o gerente disse que em até duas semanas (10 de maio), a data para o início das obras deveria ser divulgada, visto que a Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) estaria responsável por finalizar o planejamento da obra. Após isso, os processos de licitação seria iniciada a obra.

Ontem (10), a Sinfra informou que o projeto de estabilização da cobertura foi concluído e a empresa já apresentou orçamento. A Sinfra comunicou, ainda, que está realizando análise dos preços e dos materiais, seguindo o cronograma de serviço para, posteriormente, iniciar os trabalhos no local. Os comerciantes do Terminal Rodoviário seguem afirmando nada saber sobre o andamento do projeto.

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