Literatura

Tessitura poética em noite de lançamento

Poeta Antonio Aílton lançará, nesta sexta-feira, o livro "Cerzir", na Sala Sesc de Exposições, na Avenida dos Holandeses; obra é dividida em seis partes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Capa do livro "Cerzir"
Capa do livro "Cerzir" (Capa do livro )

São Luís - “Cerzir” é o título do livro que o poeta Antonio Aílton lançará, nesta sexta-feira, às 19h, . A obra é dividida em seis partes: “Desdobras,” “Bestiário da terra e do céu”, “Memória Mínima”, “A incursão fortuita de Ouroboros”, “A hora do poema do sol” e “Imagine se Ponge vem beber na Praia Grande”. As seis seções revelam o trabalho do autor de reunir uma variedade de formas e vozes pela unidade da tessitura textual.

Na obra, entre outras coisas, Antonio Aílton reúne, numa mesma página, dois ou três poemas, coloca alguns títulos de poemas com números e outros com nomes, alternando a gênese geométrica do infinito. O autor parece querer reinventar a vida além de toda a violência que atinge as pessoas na vida real. Ele quer recriar o real pela força imagética dos versos, mas não deixando de enaltecer os poderes da natureza que subvertem a agressividade do mundo.

“Uma parte do livro é dedicada ao poeta Francis Ponge, o poeta das coisas que exigem definições, das coisas partidas, das coisas naturais, das coisas inanimadas e animadas. Ele descreve o universo, os meteoros, a chuva, o fogo. Encanta-se com os moluscos, as ostras, caracóis. Busca a todo momento dar voz às coisas silenciosas. Traz à luz o mundo mágico da natureza”, diz o autor.

É recorrente na poesia de Aílton a presença de autores estrangeiros, como Ponge, Rimbaud, William Carlos Williams, entre outros. Isso não quer dizer que ele esqueça a presença de autores nacionais, que também comparecem em sua poética. Na sexta parte do livro, “Imagine se Ponge vem beber na Praia Grande”, percebe-se a utilização do poema em prosa, reunindo duas formas de expressão literária em jogos inusitados.

Os poemas em prosa conjugam forças opostas e complementares, formando uma unidade paradoxal que tende a enriquecer o olhar poético sobre as coisas, que são feitas de ordem e desordem, cosmos e caos. Em sua poesia, ele apresenta elementos mais diversos, o concretismo, o poema em prosa, os poemas numerados ou nomeados, a presença marcante do francês, a cultura japonesa, entre outras, num processo de “globalização poética”.

Serviço

O quê

Lançamento do livro “Cerzir”

Quando

Nesta sexta-feira, às 19h

Onde

Sala Sesc de Exposições (Avenida dos Holandeses)

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