Investimento

Tecnologia como aliada no combate a fome e desperdício de alimento no País

Fome aumenta pelo terceiro ano consecutivo e afeta mais de 800 milhões de pessoas, aponta ONU

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Consumidor pode listar os itens preferidos e receber notificações toda vez que algum mercado em sua região disponibilizar o artigo com desconto.
Consumidor pode listar os itens preferidos e receber notificações toda vez que algum mercado em sua região disponibilizar o artigo com desconto. (Supermercado)

Rio - A falta de alimento, mesmo com o avanço tecnológico, social e econômico, ainda é uma realidade muito presente na vida de milhares de pessoas espalhadas pelo mundo inteiro, um número que aumenta a cada ano. De acordo com os dados divulgados pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO), por meio do relatório “O Estado de Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2018,” mais de 800 milhões de pessoas no ano anterior passavam fome em todo o planeta. Um extremo aumento que segue pelo terceiro ano consecutivo, segundo a FAO. No Brasil, 2,5% da população passou fome em 2017. Isso corresponde a 5,2 milhões de pessoas. O relatório destaca ainda os conflitos armados, crises econômicas e fenômenos naturais, como secas e enchentes, como as principais causas da fome no mundo.

A fome origina-se da ausência de alimento, e o desperdício é um agente contribuinte para o considerável aumento da miséria. De acordo com a FAO, 46% do desperdício ocorrem nas etapas de processamento, distribuição e consumo. No Brasil, ainda segundo o levantamento, grande parte do desperdício de alimentos acontece durante o manuseio e logística da produção: na colheita, o desperdício é de 10%. Durante o transporte e armazenamento, o percentual é de 30%. No comércio e no varejo, a perda é um total de 2%, enquanto nos domicílios 10% vai para o lixo.

A tecnologia a favor da luta contra a fome e desperdício de alimento
O desperdício de alimentos não administrado tende a gerar uma cadeia de consequências sociais, econômicas e ambientes que reflete em números exorbitantes. Ou seja, quanto mais alimento jogado fora, mais caro ele fica e maior são as estatísticas de fome no mundo.

Atuando no ramo de distribuição alimentícia há mais de uma década, o empresário carioca Marcello Janone criou a startup Desperdício Zero, com o objetivo de tornar a ida ao supermercado econômica e sustentável, auxiliando na redução do desaproveitamento de alimentos no País.

“Mudar o hábito de comprar é um ponto importante na luta pela diminuição de desperdício de alimentos e pela valorização do mesmo, o ideal é ter na dispensa apenas o que será consumido durante a semana, assim evita a perda do alimento pelo fim da validade e armazenamento inadequado”, destacou Marcello.

Segundo Janone, a missão é expor ao consumidor final, por meio de um aplicativo para smartphone, produtos próximos à data de vencimento, todos ainda válidos, e em perfeitas condições de comercialização e consumo, nos estabelecimentos próximos com preços até 75% menores. A iniciativa também é uma oportunidade para os varejistas, que podem usar o aplicativo como vitrine para a venda de seus produtos, antes do prazo de validade.

O aplicativo também proporciona ao consumidor listar os itens preferidos e receber notificações toda vez que algum mercado em sua região disponibilizar o artigo com desconto.

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