Poesia

Cassas, poesia e sarau

O poeta Luís Augusto Cassas autografará três novos livros, neste sábado, às 17h, na Livraria Amei do Shopping São Luís

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
“Maria: a Fortaleza Sutil que Vence toda Força”
“Maria: a Fortaleza Sutil que Vence toda Força” ( “Maria: a Fortaleza Sutil que Vence toda Forçaâ€?)

São Luís - A cena cultural se agita logo mais à tardinha movida pelos ventos da poesia. A partir das 17h, na Livraria Amei, no Shopping São Luís (Jaracati), o poeta Luís Augusto Cassas navegará em duas asas: sessão de autógrafos de três novos livros de poesias e sarau com convidados, entre eles, o poeta Antonio Aílton, o ator Urias de Oliveira, os compositores Josias Sobrinho e César Teixeira, a promotora Ana Teresa Freitas e a terapeuta existencial Rogener Almeida Santos Costa, que lerão poemas do autor.

“Paralelo 17”, “A Pequena Voz Interior & Outros Comícios do Vento” e “Maria: a Fortaleza Sutil que Vence toda Força” são os três mais recentes livros de Cassas. Em ordem cronológica, os números 21, 22 e 23 de sua obra em progresso. Os títulos continuam a reflexão lírica e jornada da alma iniciada com “República dos Becos”, em 1981, cujos traços fundamentais são a integração entre o infinito e o cotidiano, interconectados por meio de múltiplas conjugações e linguagens. O buscador e o não-buscador movem-se em tensão lírica e incessante sede de beleza e transformação no teatro da alma.

“...Escrevemos para ser amados. Só assim ressoará a nossa voz nos jardins da humanidade. A poesia é uma forma de amor. De curarmos as nossas e as dores do mundo. Assim me apresento na consciência da unidade,” escreve Cassas.

O Sarau traz rico colorido entre integrantes da comunidade artística, jurídica, médica, professores e também empresarial, que cultivam a poesia ou por ela são cativados. Irão ler poemas: Urias Oliveira, Josias Sobrinho, César Teixeira, Cristiane Lago, Ana Teresa Freitas, Rita de Cássia Baptista, Victoria Ericeira, Antonio Ailton, Silvana Menezes, Rogener Almeida Costa, Lindevânia Martins, Socorro Teixeira, Thalita Lucena, Maristela Franco, Beth Oliveira, José Carlos Vale Madeira, Sharlene Serra, Ruy Palhano, dentre outros.

Luís Augusto Cassas nasceu em 1953, em São Luís do Maranhão, reside em São Paulo. Aos 30, travou conhecimento com a obra de Carl Jung, I Ching, taoísmo, que lhe ampliaram nova compreensão da vida e do mundo. Publicou 23 livros de poemas, entre eles, “A Paixão Segundo Alcântara”, “Rosebud”, “O Retorno da Aura”, “Ópera Barroca”, “Em Nome do Filho”, “Poemas para Iluminar o Trópico de Câncer”, “Bacuri- Sushi: A Estética do Calor”, enfeixados em “A Poesia Sou Eu, Poesia Reunida”, dois volumes encadernados (Imago Editora – RJ, 2012). São obras recentes “A Pequena Voz Interior & Outros Comícios do Vento”, “Maria, a Fortaleza Sutil que Vence toda Força” e “Paralelo 17”.

Muitos poetas e escritores escreveram ou refletiram sobre sua poesia, dentre eles, Marco Lucchesi, Alvaro Alves de Faria, Ferreira Gullar, Carlos Drummond de Andrade, Josué Montello, Lêdo Ivo, Leonardo Boff, Ivan Junqueira, Fred Góes, Antonio Carlos Secchin, Nízia Villaça Antonio Houaiss, José Mário da Silva, Lêdo Ivo, Fernando Abreu, Monja Coen, Rossini Correa.

POESIA E JORNADA

por Luis Augusto Cassas


“Poesia é jornada. Vidas em uma vida. Carregamos a memória pessoal e coletiva. Vozes, o silêncio mais sagrado. Aboli a música para o diálogo interno. Ouvir as palavras, acessar conexões, iluminar o território desconhecido, a pulsação de dentro. O inconsciente poético gira conosco, pura bailarina. Um espírito habita o poema. A mão que segura a caneta redige a escritura da vida”.

“Poesia, nossa revelação. Arrastamos quilômetros de mar por centímetros de peixe. Trombetas derrubando muralhas de repressão. Pássaros bicando a linha das mãos. As dores do parto de ser. Extrair o fogo da água. Extenuados de azul, evitamos o atalho. Mas são humanos os pés chagados de ânsias e distâncias. Céu e chão partilham suas fontes. No cotidiano, o mistério e o eterno”.

“Poesia, restauração do brinquedo luminoso sonegado na infância. Cicuta e exílio. Revolução e insônia. Sônia sedenta afogada em nós”.

“Apesar de tudo, continuamos insones bêbados em busca de saliva. A água viva. O líquido nada. Clamar às portas, ouvir o murmúrio do vento arrebentando os mirantes. Vidraças da interioridade atravessadas. Oxigênio. Consumimos e consumamos o perjúrio e o amor. A máscara revelada. A dor de sentir e saber que tudo volta e nada retorna. Moinhos ao relento. Pálpebras pesadas. Mas caminhamos”.

“Esta, a vida que escolhemos”.




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