Perigo

Terminal Rodoviário de São Luís é interditado por risco de desabamento

Parte do telhado do terminal foi considerado comprometido, após fiscalizações da Defesa Civil; projeto de estabilização da estrutura do Terminal está em fase de finalização pela Sinfra, para os serviços de reestruturação

Emmanuel Menezes / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Com interdição  do espaço, restaurante ficou fechado
Com interdição do espaço, restaurante ficou fechado (Rodoviária)

A vida daqueles que costumam viajar para o interior do Maranhão ou, até mesmo, demais estados utilizando ônibus como transporte foi afetada após parte do Terminal Rodoviário de São Luís ser interditada por perigo de ruir. O medo de desabamento se intensificou após o acidente ocorrido com o telhado do Ginásio Georgiana Pflueger, o Ginásio Castelinho. O material usado na estrutura dos locais é a mesma.

A parte interditada compreende a área dos fundos do terminal. Algumas plataformas de desembarque, um restaurante, quiosques e guarda-volumes tiveram de ser completamente fechados, visto que um laudo da Defesa Civil estadual constatou que a estrutura do telhado daquela região está comprometida.

“Nós estamos com essas áreas fechadas há duas semanas e ainda não vimos nenhum sinal de obra no local”, diz Rosa Cruz, presidente da Associação de Permissionários da Rodoviária (Rodoservice). Ela explica que a situação se agrava, pois a equipe da administração ainda não deu um parecer sobre quando os serviços que existiam no local poderão voltar a ser realizados.

“Nonato, que é dono do maior restaurante da Rodoviária, e tira seu sustento disso, está numa situação complicada. Ele é um exemplo de como a falta de explicações sobre a interdição é prejudicial para a vida dos comerciantes”, explica a presidente.
Poças de água formada por goteiras são facilmente encontradas na área bloqueada pela Defesa Civil. Quando chove, comerciantes que seguem trabalhando no Terminal Rodoviário começam a sentir medo, sabendo que o local pode não aguentar as pressões da água e que nenhum serviço está sendo feito.

“Seguimos trabalhando porque essa é nossa vida, nosso sustento. Mas se já está confirmado que o teto pode não aguentar a chuva, por que o trabalho ainda não começou?”, questionou Antônio Pereira, comerciante no local.

Reparos no telhado
O gerente do Terminal Rodoviário de São Luís, Marcos Adriano, explicou para O Estado que a ida da Defesa Civil no local foi a partir de um pedido feito pela própria empresa que administra o espaço. “Sabemos que a estrutura daqui é a mesma do Ginásio Castelinho, e depois daquela tragédia, com o intuito de manter a segurança nós pedimos que eles viessem verificar nossa estrutura”, disse o gerente.

Segundo Marcos, os comerciantes que trabalhavam no local interditado foram remanejados para outras áreas do Terminal, com exceção do proprietário do restaurante. “Nós não tínhamos um espaço que atendesse à demanda do restaurante, mas isso claro com o proprietário”, explica.

Sobre o início das obras, Marcos Adriano disse que é provável que na semana que vem uma data de previsão para o início dos trabalhos seja acordada. A Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) estaria responsável por finalizar o planejamento da obra. Após isso, os processos de licitação serão iniciados para que os trabalhos comecem.

“Nós, como administradores do Terminal, não arcamos com a obra por também sermos licitados, e não é de nossa responsabilidade esse tipo de serviço”, frisa o gerente. No Terminal Rodoviário, a situação deve se manter igual pelas próximas semanas.

O Estado questionou a Sinfra a respeito das obras. Em nota, a secretaria informou que o projeto de estabilização da estrutura do Terminal Rodoviário está em fase de finalização, para que o projeto de execução dos serviços de reestruturação possa ser iniciado. Parte da área de embarque e desembarque está isolada com tapumes, a pedido da Defesa Civil, uma vez que as obras serão realizadas em breve no local. O trabalho de avaliação da estrutura e estudo técnico está sendo feito conjuntamente com as equipes da Defesa Civil Estadual, equipes da secretaria e empresa responsável pela reforma.

Grande reforma
O gerente do Terminal relatou, para O Estado, que a proposta é que uma grande reforma seja feita no local, de forma gradativa. A ideia é que o espaço se torne mais acolhedor e que traga grandes marcas, com objetivo de atrair ainda mais aqueles que passam pelo local. “Já temos áreas de restaurantes, quiosques, lojas. Mas pretendemos fazer uma revitalização por completa, deixando o Terminal com os mesmos padrões de um aeroporto”, explica Marcos Adriano.

As frotas das principais empresas de transporte intermunicipais e interestaduais prestam serviços e possuem guichês no Terminal. Aproximadamente 20 companhias de ônibus estão presentes na rodoviária, fazendo viagens para diferentes destinos, com viagens diárias para os mais diversos estados brasileiros, entre eles Ceará, Goiás, Piauí, Pernambuco, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, entre outros.

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