SÃO LUÍS Maranhão é o quarto estado do Nordeste em número de casos de mortes violentas (homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte) e o 10º em nível nacional no primeiro bimestre deste ano, segundo dados do Monitor da Violência do portal G1 em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Os dados divulgados ontem revelaram 6.856 assassinatos no país nos meses de janeiro e fevereiro de 2019. No mesmo período do ano passado, ocorreram 9.024 casos. Os casos de morte do Paraná não foram contabilizados devido ao governo local não ter liberado as informações ao site noticioso.
No Maranhão, nos dois meses, foram 221 mortes violentas. No mesmo período do ano passado, foram 298 casos. Isto é, houve redução nos registros. Os dados do G1 revelaram que o estado maranhense está em décimo lugar no país em ocorrência de assassinatos. O estado da Bahia foi considerado o mais violento, com registro de 841 mortes.
Em segundo lugar ficou o Rio de Janeiro, com 734 assassinatos, e depois Pernambuco, com 580 casos. São Paulo foi apontado como o quarto mais violento, com 549 mortes, e o Pará em quinto, com 510 casos, seguido de Minas Gerais, 501; Rio Grande do Sul, 371, Ceará, 355, e Goiás, com 353 mortes violentas. No Nordeste, o estado baiano continua o mais violento, seguido de Pernambuco e Ceará.

Números de mortes
No mês de janeiro deste ano, segundo os dados do Monitor da Violência, ocorreram 111 assassinatos no Maranhão, sendo 98 homicídios; 11 latrocínios (roubo seguido de morte) e dois registros de lesão corporal seguido de morte. Em fevereiro, foram 110 mortes violentas, sendo 105 homicídios, dois latrocínios e três registros de lesão corporal seguida de morte.
Em janeiro do ano passado, ocorreram 166 casos de mortes violentas no Maranhão, sendo 158 homicídios, seis latrocínios e duas ocorrências de lesão corporal seguida de morte. Em fevereiro, foram 132 assassinatos, sendo 125 homicídios, cinco latrocínios e dois de lesão corporal seguida de morte.

Grande Ilha
De acordo com os dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), 51 casos de homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte foram registrados na Grande Ilha nos dois primeiros meses do ano. No mesmo período do ano passado, foram 70 mortes violentas.
SÃO LUÍS - Logo no primeiro mês deste ano, dia 3, ocorreu uma chacina na localidade Mato Grosso, no Coquilho, zona rural da capital, que resultou na morte de Gustavo Feitosa Monroe, de 18 anos; Joanderson da Silva Diniz, de 17 anos, e Gildean Castro Silva, 14 anos. Os corpos foram encontrados com marcas de tiros somente no dia seguinte, em uma área de matagal nas proximidades da construção de um habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida.
O caso ainda está sendo investigado pela Superintendência Estadual de Homicídio e Proteção a Pessoas (SHPP). O soldado da Polícia Militar Hamilton Caires Linhares, que está preso, teria sido o autor dos tiros que mataram os três jovens. Ele estava em companhia de outro segurança, Evilásio Júnior, que também está preso.
Ainda na primeira quinzena desse mês, ocorreu a morte do motorista do aplicativo Uber, Edmilson Pimenta Azevedo, de 54 anos. O crime ocorreu na noite do 6 de janeiro, no bairro Liberdade. O delegado Clarismar Campos, da SHPP, que está no comandado da investigação, disse que a vítima foi assassinada a tiros, mas o alvo seria um dos passageiros, o faccionado Sony Anderson Silva de Oliveira, de 19 anos, que estava no carro.
A polícia constatou que Sony Anderson fez gestos com as mãos simbolizando uma facção criminosa, provocando o acusado, Lúcio Johannes Martins Mota, de 20 anos, que conduzia uma motocicleta Titan 160 vermelha, que resolveu reagir, atirando e atingindo o motorista. Lúcio Johannes está preso, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Duplo homicídio
No dia 15 de janeiro, ocorreu um duplo homicídio no Sítio Natureza, em Paço do Lumiar. Os funcionários de uma empresa prestadora de serviço para a Cemar, João Victor Melo, de 27 anos, e Fancivaldo Carvalho da Silva, de 25 anos, foram executados por “faccionados” quando trabalhavam na localidade. O fato foi motivado por corte de energia elétrica.
O autor dos tiros foi Pablo Martins Silva, o De Menor, de 18 anos, e o seu irmão, um adolescente, de 16 anos. Eles são acusados de integrarem uma facção criminosa, além de suspeitos de vários crimes na Região Metropolitana de São Luís. l

Números

6.856

assassinatos ocorreram no primeiro biênio deste ano no país, sendo 221 mortes violentas Maranhão, 51 deles na Região Metropolitana de São Luís

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