SÃO LUÍS - O astronauta e ministro Marcos Pontes esteve na noite de ontem, 15, na Universidade Ceuma, campus Renascença, em São Luís, mediando um bate-papo com os alunos com o tema “Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento do Brasil”. A palestra faz parte da agenda oficial da primeira visita do ministro de Ciência e Tecnologia ao Maranhão.

A visita na universidade foi um dos eventos que marcam o aniversário de 29 anos da instituição, presenteando alunos da graduação e pós-graduação, docentes e demais convidados com dicas sobre as novas perspectivas para a tecnologia no futuro do Brasil.

“Gostaria de tirar o chapéu de ministro e colocar meu chapéu de astronauta. Eu sou apaixonado pelo meio acadêmico porque vejo as inúmeras possibilidades, vejo o futuro. E é sobre isso que vamos falar hoje”, disse Marcos Pontes para quase 300 pessoas que estavam no Salão Nobre da Biblioteca do Ceuma.

Através de histórias da época de sua carreira como astronauta, o profissional deu dicas sobre empreendedorismo, novas tecnologias e comunicação. “Não importa o sonho que você tem, uma hora você vai entender que é capaz de realizá-lo”, afirmou o ministro.

Aniversário
A palestra foi um dos eventos idealizados pela universidade, que nasceu no Maranhão e hoje está em cinco estados. “Esse é um projeto que eu tenho muito orgulho. Temos mais de 20 mil alunos no Maranhão e mais de 40 mil em todo o Brasil. Temos orgulho de sermos a única instituição privada que investe em pesquisa e iniciação científica no Maranhão”, disse o reitor da Universidade Ceuma, Saulo Martins.

Segundo o reitor, esse tipo de evento, com temas interdisciplinares, precisam ser cada vez mais abordados. “Nosso aluno tem que entender o mercado para poder entrar nisso, ocupar espaços e criar novos”, destacou.

Visita em São Luís
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações falou também sobre o potencial do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e as vantagens competitivas para o estado a partir da assinatura do acordo de salvaguarda entre o Brasil e Estados Unidos.

De acordo com o ministro, o interesse de assinar um acordo com norte-americanos é baseada na premissa de que cerca de 80% dos componentes instalados nos foguetes e satélites do mundo inteiro são de origem americanos, e para que seja feito o lançamento é necessário ter uma permissão dos Estados Unidos e em troca o Brasil protege a tecnologia americana.

Marcos Pontes também esclareceu que o uso militar dos Estados Unidos sobre o território brasileiro não ocorrerá, já que a base de Alcântara pertence ao Brasil e o controle é absolutamente nacional. “O intuito do acordo é tornar o centro espacial de Alcântara para uso comercial e promover o bem-estar da população da cidade maranhense”, afirmou o ministro. A base não deve ser utilizada por outros países em contexto militar.

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