Na cadeia

Delegado Kairo Clay afastado e sua equipe é presa por decisão judicial

Segundo a Seccor os policiais lotados da cidade de Grajaú, são acusados de cometerem crimes como corrupção passiva e de menores, peculato e extorsão

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
Delegado Kairo Clay foi afastado de sua função pelo Poder Judiciário
Delegado Kairo Clay foi afastado de sua função pelo Poder Judiciário (Kairo)

SÃO LUÍS - O delegado de Grajaú, Kairo Clay Mesquita de Mesquita, foi afastado ontem do cargo por decisão judicial assinada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de São Luís, Ronaldo Maciel, acusado de corrupção passiva, peculato, extorsão e corrupção de menor para execução de crimes. O Poder Judiciário também determinou a prisão da equipe policial dessa delegacia, Eldhon da Silva Costa, Sandra Helena Alencar Pinheiro e Carlos Sérgio Nunes Silva, que participavam de ações criminosos coordenadas por Kairo Clay.

O delegado Roberto Fortes, da Superintendência Estadual de Combate à Corrupção (Seccor), informou que ontem mesmo Kairo Cay foi notificado do seu afastamento do cargo de delegado da cidade de Grajaú. Na quarta-feira, 3, os policiais da Seccor conseguiram prender o investigador Carlos Sérgio, em Grajaú. Ele foi levado para o presídio, na Cidade Operária.

A prisão da investigadora Sandra Helena ocorreu também na terça-feira, no Jardim América, área da Cidade Operária. Enquanto, o escrivão Eldhon Costa, havia sido preso no dia 22 de janeiro deste ano. Ele ostentava nas redes sociais viagens internacionais que realizava em companhia de amigos e levava, segundo a polícia, uma vida de luxo em Teresina, na capital piauiense, incompatível com o seu salário.

Investigação

Roberto Fortes informou que esses profissionais da área de segurança foram denunciados por cometerem vários crimes em Grajaú e passaram a ser investigados pela Seccor desde janeiro do ano passado. Durante a investigação ficou comprovado que eles tinha envolvimentos em crimes de corrupção passiva, peculato, extorsão e incentivo de menores para execução de crimes. Há, pelo menos, nove processos contra eles.

O delegado Roberto Fortes informou ainda que no caso de corrupção, as pessoas eram conduzidas ao distrito policial de Grajaú pela prática de delito e eram liberadas mediante ao pagamento de propina. Ainda ficou comprovado que um veículo apreendido por documentação irregular acabou vendido supostamente pelos policiais fora do Maranhão.

O crime de extorsão, segundo o delegado, foi constatado no caso de uma funcionária, contratada pela Prefeitura de Grajaú e que prestava serviços na delegacia, que era obrigada a entregar para de seu salário aos investigados. Também ficou confirmado que um menor de idade era usado para ameaçar a funcionária e pegar o seu cartão para sacar o dinheiro em um caixa eletrônico na cidade. “O inquérito policial foi concluído e remetido ao Poder Judiciário no início deste ano. A Justiça, a pedido do Ministério Público, determinou a prisão dos policiais civis e ainda o afastamento do delegado. Todas as determinações, relativas ao caso, foram cumpridas”, afirmou Roberto Fortes.

Entenda

Relação dos policiais presos

Dia 22 de janeiro: prisão do escrivão Eldhon da Silva Costa;

Dia 2 de abril: prisão da investigadora da Polícia Civil Sandra Helena Alencar Pinheiro;

Dia 3 de abril: prisão do investigador da Polícia Civil Carlos Sérgio Nunes Silva;

Dia 4 de abril: afastamento do delegado Kairo Clay Mesquita de Mesquita

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.