ALAGAMENTO

Chácara Itapiracó padece, mais uma vez, com período chuvoso

Alagamentos na via são registrados desde que foi realizada uma obra de recapeamento asfáltico, sem implementação de sistema de drenagem das águas pluviais

IGOR LINHARES / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

Resultado da grande quantidade de chuva que atingiu São Luís na noite de segunda-feira (14) e durante a madrugada de ontem (15), mais uma vez a Avenida 4, na Chácara Itapiracó, ficou alagada e impediu a locomoção dos moradores da área, além de ter causado outros prejuízos, como a perda de objetos domésticos, uma vez que, sem sistema de drenagem, o volume de água sobe em curto tempo e acaba invadindo as residências do local. Problema passou a ser identificado após recapeamento asfáltico da via.

Medidas como a construção de muretas já foram adotadas por alguns moradores, para impedir a invasão da água nas casas, mas outros, confiantes de que, definitivamente, o problema seria resolvido – haja vista que não se trata da primeira vez que a população da área sofre com o período chuvoso, de janeiro a junho –, preferem esperar uma obra anunciada pela Prefeitura de São Luís e Governo do Maranhão, que não foi efetivada para evitar que o problema persistisse, novamente, durante as chuvas de verão deste ano.

De acordo com a aposentada Socorro Carvalho, de 87 anos, sua residência é uma das mais afetadas pela situação. Com apenas um salário-mínimo por mês, ela disse que já desembolsou altas somas para realizar serviços, no intuito de evitar que a água invadisse seu quintal, mas que em nenhuma das vezes as intervenções resistiram o suficiente para conter a força da água, que, neste ano, levou o muro ao chão.

Ainda segundo a aposentada, com a residência instalada em uma via submersa pela água e que oferece vários riscos, a saída, mesmo que provisória, foi fechar a casa e pagar o aluguel de outro imóvel, mesmo com pouca renda mensal. Aos 87 anos, Socorro Carvalho teve de se mudar para uma quitinete localizada na via ao lado, na Avenida 3, que também sofre problemas causados pela chuva, mas, principalmente, pela falta de assistência da gestão pública.

“Devido às irregularidades na construção da Avenida 4, que mantêm interditada a saída da água [da chuva], as residências aqui da Avenida 3 também ficam afetadas, porque a água acaba atingindo a parte dos fundos”, disse o aposentado José Ribamar Carvalho, de 88 anos. “Ainda não fizeram nada [para resolver a situação], apesar de terem colocado manilhas na via, alegando que, depois que passasse a eleição [no mês de outubro do ano passado], construiriam o sistema de drenagem da rua”.

Além do alagamento
Diante da via, o problema não se limita apenas à situação com a qual têm tido de conviver os moradores, apesar de mais grave. O alagamento que, mesmo após a chuva, demora para escoar, acaba afetando os condutores que trafegam pelo local, e até os próprios moradores que possuem automóveis, à medida que fica inviável sair de casa motorizado, principalmente pela quantidade de buracos escondidos pelo alagamento.

“O meu marido, que tem uma borracharia no local, em frente a água acumulada, tem tido muito prejuízo, porque nenhum dos clientes quer mais vir aqui, no bairro, passar por essa avenida nesse estado, correndo o risco de quebrar mais peças do carro”, contou a instrutora de zumba Deilma Silva, esposa do proprietário de uma borracharia no local.

A Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) informou que o serviço de drenagem da Avenida 4, no bairro Chácara do Itapiracó, será realizado em parceria com a Prefeitura assim que o período intenso de chuva diminuir e que já possui todos os processos burocráticos concluídos.

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