SÃO LUÍS - Um menor foi encaminhado ao plantão da Polícia Civil da Cidade Operária, para prestar esclarecimentos sobre o porte ilegal de arma de fogo nas dependências da Unidade de Ensino Básica (U.E.B) Uruati, na BR-135, no Itapera, na Zona Rural de São Luís, na terça-feira, 18. Com uma espingarda, o adolescente afirmou que queria assustar um colega de sala que estava interessado na mesma garota que ele.
A diretora da escola acompanhou toda a abordagem, que foi realizada por policiais do 21° Batalhão de Polícia Militar (BPM).
Essa mesma escola, a Unidade de Ensino Básica (U.E.B) Uruati, foi alvo de um assalto, que deixou estudantes e professores apreensivos com a falta de segurança. Criminosos invadiram a unidade de ensino no horário noturno e conseguiram roubar pertences das vítimas. De acordo com testemunhas, o crime foi executado por quatro indivíduos.
A U.E.B Uruati pertence a Rede de Ensino de São Luís e oferece aulas durante todo o dia. E, mesmo com a intensa movimentação de alunos e professores, criminosos não se intimidaram e conseguiram entrar no estabelecimento de ensino e praticar o assalto.
De acordo com a vizinhança, a ação criminosa foi por volta das 20h30. Durante reportagem, O Estado constatou na época, que o muro da escola não possui nenhum obstáculo e, em razão disso, pode ser ultrapassado facilmente. A reportagem tentou conversar com a diretora da unidade de ensino, que confirmou o assalto, mas não quis informar detalhes e nem explicar como é realizada a segurança da escola. “Realmente aconteceu o assalto. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) está ciente do ocorrido. Mais informações só com eles”, disse. A gestora também não autorizou que a equipe de reportagem entrasse na instituição de ensino.
Ocorrências:
Em reportagem publicada no dia 4 de agosto deste ano, O Estado mostrou que uso de drogas nas escolas foi a ocorrência mais registrada no primeiro semestre de 2018 nas unidades de ensino de São Luís e Grande Ilha pelo Batalhão Escolar, órgão vinculado ao Comando de Segurança Comunitária (CSC), da Polícia Militar do Maranhão (PMMA). Foram 22 casos contabilizados no período. Briga de alunos foi a segunda ocorrência, com 18, e ameaça, no terceiro lugar, com 17 casos.
Abordagens:
De acordo com o tenente Jonathan Saldanha, as abordagens só são realizadas com autorização da direção da escola ou se houver alguma suspeita fundada. “Os policiais só abordam o aluno quando os diretores autorizam e somente se houver uma fundada suspeita de que exista algo ilícito com determinado estudante. Além disso, realizamos abordagens nas redondezas das escolas, principalmente nos logradouros próximos às unidades de ensino. Caso o aluno esteja de fato cometendo algo ilícito, ele pode ser encaminhado à Delegacia do Adolescente Infrator (DAI), ao Conselho Tutelar ou aos pais, mediante documento, dependendo da idade e tipo de ocorrência. Sempre os pais são contatados”, ressaltou Saldanha.
Outras ocorrências, como furto dentro das escolas, indisciplina (conflito entre estudantes, professores e diretores), perturbação de sossego, tráfico de drogas, porte de drogas, roubo, porte de simulacro, porte de arma branca e homicídio (nas redondezas das escolas) também foram atendidas nos primeiros seis meses deste ano pelo Batalhão Escolar, totalizando 123 casos. “O Batalhão Escolar atende escolas públicas, comunitárias e particulares, quando solicitam. O chamado pode ser por meio do telefone 3268.6061 ou pelo e-mail rondaescolarpmma@gmail.com”, disse Saldanha, sobre como as unidades de ensino devem acionar o policiamento.
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