Estado do Samba

“Arlindo Pipiu e Anastácia Lia” - “Histórias que se cruzam”

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

A voz inigualável de Anastácia Lia e um violão encantador de Arlindo Pipiu. Assim é que o “Estado do Samba” desta semana, na TV OEstado, arrepia a todos, começando com a linda canção de Joãozinho Ribeiro - “Milhões de uns”.

JM - Como aconteceu esse encontro musical?

AP - Na realidade, foi no festival recente, produzido por João Eudes, que nos conhecemos. O tio de Anastácia concorreu com ela, interpretando e gravaram a música em meu estúdio. Então, sugeri a ela que fizéssemos alguns trabalhos, pois, além de grande intérprete, ela também é uma compositora de primeira.

JM - Pipiu, fala um pouco de sua história na música.

AP - João, eu saí daqui junto com Alcione, para acompanhá-la ao cavaquinho. Viajávamos pelo Brasil fazendo shows e montando a banda no local do show, pois ainda não tínhamos condições de viajar com banda montada. Isso só aconteceu quando ela estourou, com “Não deixe o samba morrer”. De Alcione, saí pra trabalhar com Beth Carvalho, onde toquei por três anos. E era uma estrada diferente, pois, até então, aqui, no Maranhão, eu, Camilo Mariano e Zé Américo Bastos, tocávamos baile com o Nonato e seu Conjunto. Enfim, depois de Beth, Zé me apresentou Paulinho da Viola, com quem toquei por dois anos. Depois, veio João Nogueira e mais três anos. Em seguida, com Antônio Gilson Porfílio (Agepê). Daí, fui para São Paulo, tocar com Os Originais do Samba. Depois disso, voltei para o Nordeste, para tocar com Elba Ramalho, Zé Ramalho, Amelhinha e muitos outros.

JM - E você, Anastácia, fale dessa sua vivência na música em todas as vertentes.

AL - Pois é João, faço o que meu coração diz, e na música, eu sou a música brasileira, negra. A música, na verdade, é universal. Comecei fazendo barzinho, somando esses elementos, samba, afoxé, igexá, foi quando dei uma pausa e fui discotecar no Reggae (Anastácia - Pedras Raras), em projetos muito especiais com Negra Glícia, Neto Miller e Andrezinho Vibration. Depois, voltei para os bares da noite, onde tive a oportunidade de trabalhar com Carlos Berg, Caio Dias, que foi uma pessoa fundamental nessa minha trajetória, e não esquecendo Edinho Bastos. E hoje, através do meu tio, Prego Linhares, pude conhecer e montar parceria com Pipiu e Riba de Palmares, concorrendo com um samba de enredo na Favela do Samba: Menestreu da Criação, chegando até a final.

AP - E não para por ai, João. Estamos desenhando um grande projeto em homenagem à Sandra de Sá, trazendo novos arranjos e um repertório bem montado com o melhor desta grande artista nacional. Estamos preparando tudo para, se Deus quiser, lançar agora em Dezembro.

JM - Que esses caminhos cruzados por esses artistas em constante produção nos tragam mais frutos e, com certeza, frutos deliciosos. Obrigado Arlindo Pipiu e Anastácia Lia.

Chegamos ao final de mais um "Estado do Samba", com a execução do samba que concorreu na Favela do Samba. Veja a entrevista completa na sua TV O Estado e acompanhe em nossas redes sociais.

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