O presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino, veio a público, neste sábado (3), para rebater a acusação de que teria atuado para encobrir irregularidades cometidas pelo Manchester City e pelo Paris Saint-Germain no âmbito do fair play financeiro. Na época, Infantino era o secretário-geral da Uefa, entidade responsável por fiscalizar estas regras.
O caso, que teria acontecido em 2015, foi denunciado pelo Football Leaks, iniciativa que reúne 15 veículos de imprensa. Segundo a reportagem, publicada no sábado, Infantino teria acobertado infrações dos dois clubes, evitando que fossem punidos com multas e até eventuais exclusão das competições europeias.
De acordo com a apuração da iniciativa jornalística internacional, com base em documentos e vasta apuração, o PSG teria recebido cerca de 100 milhões de euros em investimentos externos em 2015. Mas o limite imposto pelo fair play financeiro é de apenas 15 milhões de euros. O Manchester City, por sua vez, teria embolsado 26 milhões de euros acima do permitido.
A resposta de Infantino veio em nota publicada no site da Fifa, em que a entidade faz longo discurso antes de apresentar a defesa do presidente. "É sempre um desafio mudar as coisas, avançar e unir as pessoas para fazer as coisas melhor. E, como estamos implementando reformas na Fifa, foi sempre claro para mim que eu enfrentaria uma forte oposição, principalmente daqueles que não podem mais lucrar descaradamente com o sistema do qual faziam parte", disse Infantino.
Ele atribuiu as denúncias a pessoas insatisfeitas com a perda de espaço na entidade máxima do futebol mundial após a sua eleição. "Mas é por isso que fui eleito e, para mim, haverá apenas um foco, um único foco: melhorar e desenvolver o futebol em todo o mundo. E hoje estou mais comprometido e decidido do que nunca a continuar cumprindo esta tarefa", declarou.
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