Petroleira Ouro Preto revê perfuração na Bacia do Parnaíba

Decisão foi tomada depois que o primeiro poço resultou seco e o segundo apresentou pequenos indícios de gás que não viabilizam economicamente

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Sonda da perfuradora que tomou diante dos resultados negativos
Sonda da perfuradora que tomou diante dos resultados negativos

A Ouro Preto suspendeu sua campanha de perfuração na Bacia do Parnaíba e vai avaliar os da­dos obtidos com os dois primeiros poços exploratórios perfurados na região pela sonda QG-2, da Queiroz Galvão Óleo & Gás. A estratégia foi tomada depois que o primeiro poço resultou seco e o se­gundo apresentou pequenos indícios de gás que não viabilizam economicamente a instalação de um projeto térmico do porte que vinha sendo estimado pela petroleira brasileira.
Com o resultado do segundo poço, a Ouro Preto optou por não perfurar o terceiro poço da campanha que seria feito na área do bloco PN-T-165, localizado no Piauí, e suspendeu o contrato de afretamento da sonda da QG-2. O poço de estreia da petroleira brasileira foi perfurado em agosto, no bloco PN-T-137, e concluído no início de setembro, resultando seco. O segundo foi no bloco PN-T-114, no Maranhão, tendo sido iniciado na primeira semana de outubro.
A Ouro Preto executou um teste de formação no segundo poço. O resultado, segundo uma fonte, foi positivo, mas ficou abaixo do esperado, indicando a presença de um gás rico, mas com volume pequeno.
O poço que resultou seco foi perfurado em uma estrutura geológica semelhante à pesquisada pela Parnaíba Gás Natural (PGN). A segunda perfuração foi realizada no município de Formosa da Serra Negra e atingiu a profundidade final de 2,5 mil m.

Cronograma mantido
A mudança na estratégia não impacta o programa exploratório mínimo acordado com a ANP. A Ouro Preto já cumpriu com o compromisso mínimo de trabalho da primeira fase e a campanha de perfuração marcou a antecipação do programa exploratório mínimo da próxima etapa.
O plano de desenvolvimento da Ouro Preto para as três áreas previa a instalação de um projeto no modelo reservoir-to-wire, com a construção de três térmicas de 300 MW, cada, que a depender dos resultados alcançados na etapa de exploração, poderia entrar em operação em 2023. As estimativas eram de que o complexo térmico demandassem investimentos da ordem de US$ 900 milhões.

Mais

Sonda

A expectativa é de que a
QG-02 seja mantida na Bacia do Parnaíba, mesmo com o fim do contrato, uma vez que existe a perspectiva de que a PGN contrate uma nova sonda para seus projetos na região.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.