SÃO LUÍS- Para a assistente financeiro Késia Caréga, de 36 anos, a dança era um sonho distante na infância. “Sempre quis fazer ballet, mas por condições financeiras, meus pais não puderam custear... cresci achando que esse sonho tinha ficado no passado. Mas há pouco mais de 2 anos decidi começar a dançar. Hoje, a dança é o lugar onde esqueço dos problemas e só me preocupo em aprender a técnica, fazer amizades e ser feliz”, resume Késia. Ela e a filha Lara, de 4 anos, fazem parte do elenco de 70 bailarinos que vão subir ao palco do Teatro Arthur Azevedo, às 20h, para apresentar o espetáculo “Quem dança seus males espanta!”, da Cia Iracema Abreu Dancers.

Crianças, jovens e adultos vão dançar diversos estilos, do ballet clássico, ao jazz contemporâneo e stilleto (modalidade inspirada no pop, dançada de salto alto). Com produção e direção da professora e coreógrafa Iracema Abreu, que tem 23 anos de carreira, o espetáculo traz a mistura da dança com o audiovisual. Depoimentos dos bailarinos sobre como a dança mudou a suas vidas prometem emocionar o público. “Sempre fui tímida e a dança me libertou dessa prisão que é a timidez. Dançar me fez acreditar em mim mesma. Hoje eu sou muito feliz e grata a tudo que a dança me deu”, conta a estudante de Nutrição Nathália Maria.

A ideia, segundo a diretora do espetáculo, é mostrar que para dançar não é preciso ser bailarino profissional. “A dança não é só pra quem vive de dança. É pra todo mundo. Não importa peso nem idade. É uma forma de você também se conhecer, também evoluir. Te dar diversão, um ritmo de atividade física, te dar um momento de entrosamento social. As pessoas dançam pra se manifestar, pra emagrecer, pra relaxar, pra espairecer, pra serem mais felizes”, explica Iracema Abreu.

“Quem dança seus males espanta!” relembra o ditado popular e explora uma diversidade de músicas e sequências coreográficas, contemplando desde a música clássica ao pop contemporâneo, entre canções do repertório nacional e internacional.

O grupo Iracema Abreu Dancers é formado por bailarinos experientes e também por iniciantes, que pretendem colocar no palco um pouco de suas trajetórias – de superação, de luta, de descoberta – para mostrar que a dança é para todos. “Você se expressa mais, você faz atividade física. Faz bem pro corpo e é uma diversão”, diz Júlia Carvalho, de 11 anos. Sentimento compartilhado pela estudante de Comunicação Social Karol Nascimento. “A dança me ajuda a superar a timidez e a insegurança. No palco, incrivelmente, não me sinto insegura. Senti uma melhora também na autoestima. A dança é superação, alegria e te dá uma sensação de liberdade incrível”, completa.

Serviço

O que: Espetáculo “Quem dança seus males espanta!”

Quando: Hoje, às 20h

Onde: Teatro Arthur Azevedo

Ingressos à venda na bilheteria do TAA

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