SÃO LUÍS- Entregue no dia 7 deste mês como parte das comemorações do aniversário de São Luís, a Praça Dom Pedro II, no centro de cidade, voltou a se destacar entre os pontos turísticos da capital. Atraindo visitantes de diversas regiões, a beleza da Fonte da Mãe D'água Amazônica, agora reformada, chama atenção de quem vai ao local.

Para ludovicenses e turistas de outras regiões do Brasil e do mundo, a restauração de praças e monumentos que retratam a história de São Luís é de indiscutível importância para a valorização da cultura local, como afirmou a autônoma Elissandra Rodrigues, que reside na capital.
"Da última vez em que estive aqui, estava tudo muito sujo, a estátua da Iracema não estava aqui e a praça não era um espaço interessante para passeio. É muito bom poder voltar e vê-la de cara nova, bonita e limpa. Mas a gente ainda vê muita coisa descuidada na cidade, que deve ser restaurada porque é parte da nossa história", destacou.

O turista paulistano Sérgio dos Santos chegou há poucos dias em São Luís, mas o encanto foi suficiente para escolhê-la como sua nova cidade. "Eu era de São Paulo, agora sou de São Luís", declarou o recém chegado que também chamou atenção para as fragilidades da cidade.
"Hoje foi o meu primeiro passeio. A praça está linda, é um prazer visitá-la, mas no caminho até aqui, vi que muitas coisas precisam ser melhoradas, principalmente por se tratar de uma cidade como a capital do Maranhão, um local histórico e que atrai turistas do mundo inteiro", ressaltou.

Na Praça Dom Pedro II, o momento mais aguardado é o fim da tarde. A partir das 17 horas a fonte, com cascatas de água e luzes coloridas, oferece ainda mais alegria à praça. "À noite fica ainda mais linda! A praça voltou a ser um lugar bacana. Convida as famílias a visitarem o local, além de dar mais valor a nossa bela cidade, mas para isso precisa ser bem conservada, inclusive por quem visita", frisou a estudante Hayssa Ramos.

E para garantir que o local não seja depredado, equipes da Guarda Municipal realizam, de forma permanente, a vigilância da praça, como explicou o subinspetor J. Moraes. "Ao todo são 27 guardas fazendo o patrulhamento diário das praças Benedito Leite e Dom Pedro II, 24 horas por dia, de forma preventiva e ostensiva, para garantir que vândalos ou mesmo visitantes danifiquem a área", esclareceu.
"Nós percebemos que os flanelinhas que atuam no entorno das praças também respeitam e colaboram com os cuidados. Antes eles retiravam água da fonte para lavar veículos e após a reforma, eles pegam água apenas na cisterna que foi disponibilizada para eles", destacou o guarda municipal Júlio César.

Obra
Com um investimento de R$ 500 mil, oriundos do Governo Federal, o serviço executado no espaço público foi fruto de uma parceria entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Prefeitura da capital maranhense. Um dos destaques da obra é a restauração da escultura Mãe d’Água Amazônica, que está de volta à praça. A população cobra fiscalização no ambiente, para impedir danos.

Segundo o projeto do Iphan, foi realizada a recuperação dos passeios e canteiros, incluindo reparos na pavimentação em pedra portuguesa; os serviços de poda, remoção e plantio de espécimes vegetais; o refazimento de parte dos pisos cimentados e limpeza dos pisos; o acréscimo e a substituição de bancos e lixeiras; a reforma completa do chafariz, incluindo nova instalação de bombas, tubulações e iluminação são outros pontos relevantes da obra.

SAIBA MAIS
É no entorno da Praça Dom Pedro II que estão as principais instituições administrativas: Palácio dos Leões (sede do Governo Estadual), Palácio La Ravardière (sede do Governo Municipal), Tribunal de Justiça do Estado e a Catedral Metropolitana. É, também, uma área de grande variedade estilística, edificações art nouveau, neoclássica e pombalina. No início da década de 1950, a peça escultórica Mãe d’Água Amazônica foi instalada no local, que passou a ser identificado como Praça da Mãe d’Água.
A escultura, premiada com a medalha de prata no Salão Nacional de Belas-Artes em 1940, foi a última obra do escultor maranhense Newton Sá, que faleceu no mesmo ano. Em 2005 a escultura foi retirada da praça e levada para o Museu Histórico e Artístico, onde permaneceu até este ano.

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