Medicina

Cardiologia intervencionista é aplicada no São Domingos

Procedimento é realizado em pacientes que sofrem de doenças cardiovasculares, como as cardiopatias congênitas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Os cardiologistas José Raimundo Furtado, Benedito Buhatem e Gonçalo Gama Diniz
Os cardiologistas José Raimundo Furtado, Benedito Buhatem e Gonçalo Gama Diniz (José Raimundo Furtado, Benedito Buhatem e Gonçalo Gama Diniz)

SÃO LUÍS - Referência em alta complexidade, o Hospital São Domingos (HSD) tem avançado na realização de procedimentos minimamente invasivos para o tratamento de pacientes que sofrem de doenças cardiovasculares, como as cardiopatias congênitas. Essa técnica traz muitos benefícios, como menor tempo de internação e maior índice de sucesso.

De acordo com o coordenador da Cardiologia do HSD, médico José Benedito Buhatem, a cardiologia intervencionista é uma prática cada vez mais forte devido aos seus muitos benefícios. “São procedimentos minimamente invasivos que tratam problemas complexos, que antigamente eram resolvidos somente por cirurgia cardíaca, as chamadas cirurgias de peito aberto. Hoje, atuamos também com a cardiologia intervencionista, com a proposta de menor invasividade ao corpo humano, menor risco e elevado índice de sucesso”, explica o cardiologista.

Segundo o cardiologista intervencionista da equipe do HSD, médico Gonçalo Gama Diniz, podem ser tratadas com esses procedimentos, problemas cardíacos congênitos como comunicação interatrial (CIA), defeito no septo interatrial (FOP), persistência do canal arterial (PCA), comunicação interventricular(CIV), coarctação da aorta, estenose pulmonar valvar e insuficiência pulmonar.

Gonçalo Diniz acrescenta que tais procedimentos são realizados em curto espaço de tempo, com menor tempo de internação e pequenas incisões no paciente, o que agregam muitas vantagens.

A técnica de implantes de próteses cardíacas foi realizada, recentemente Gonçalo Diniz com sucesso em mais um paciente do Hospital São Domingos. A paciente, de 30 anos, nasceu com um problema de comunicação interatrial (CIA), caracterizado por uma comunicação ao nível do septo inteatrial ( entre os átrios esquerdo e direito). Esse problema representa 12% da incidência das cardiopatias congênitas e é mais frequente identificado em adultos.

“O tratamento reduz drasticamente as complicações decorrentes da evolução natural, como arritmias, hipertensão arterial pulmonar e insuficiência cardíaca que começam a surgir por volta dos 40 anos de idade em pessoas que têm essa cardiopatia congênita. Antes, esse tipo de problema só podia ser tratado por cirurgia. Hoje, o tratamento com essas próteses é mais simples, rápido e com alta taxa de sucesso”, complementa.

A realização de um ecocardiograma transesofágico é um dos exames prévios imprescindíveis para a aplicação da técnica transcateter.

Pediatria

Uma das cardiopatias incidentes em bebês, a Persistência do Canal Aretrial, também pode ser tratada com esse procedimento. “Normalmente, o fechamento do canal que comunica a aorta com a artéria pulmonar deve ocorrer nas primeiras horas da vida, mas nem sempre isso ocorre, o que pode levar a complicações, como hipertensão pulmonar, arritmias e insuficiência cardíaca. O tratamento percutâneo é indicado em crianças acima de 5kg, com excelentes resultados a médio e longo prazo”, informa Gonçalo Diniz.

A técnica de implantação de próteses transcateter também é indicada para corrigir a comunicação interventricular, caracterizada por um orifício que permite a comunicação entre as cavidades ventriculares direita e esquerda (CIV) e corresponde a 20% das cardiopatias congênitas pediátricas.

Podem também ser tratados com esse procedimento minimamente invasivo as crianças portadoras de estreitamento da aorta (coarctação), estenose pulmonar e insuficiência pulmonar. Esta pode ser tratada com implante de prótese valvar pulmonar(Melody).

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