Violência

Polícia caça restante de bando que explodiu BB e fuzilou quartel

Oito membros dessa quadrilha já foram presos e quatro ainda estão sendo procurados; crime ocorreu no último dia 6, na cidade de São Luís Gonzaga

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Sete dos integrantes da quadrilha que explodiu agência do BB e fuzilou quartel da PM apresentados ontem
Sete dos integrantes da quadrilha que explodiu agência do BB e fuzilou quartel da PM apresentados ontem (Quadrilha )

SÃO LUÍS - Ainda ontem, a polícia estava à procura de mais integrantes da organização criminosa acusada de ter criado um clima de pânico na cidade de São Luís Gonzaga, no último dia 6. A quadrilha, formada por 12 homens, além de ter explodido a agência do Banco do Brasil, crivou de balas o destacamento e a viatura da Polícia Militar. Oito deles foram presos, apresentados ontem em São Luís e transferidos para o Complexo de Pedrinhas.

No assalto em São Luís Gonzaga, os quadrilheiros não conseguiram levar dinheiro, já que a explosão fez com que o teto desabasse e impediu o acesso ao cofre. Na fuga, os bandidos fizeram vários moradores reféns, que foram abandonados na saída da cidade. Esse bando é suspeito da explosão da agência do Bradesco no município de Buriticupu, fato ocorrido no dia 1º do mês passado, e de roubo a instituições financeiras em estados vizinhos.

“Os criminosos que ainda não foram presos desenvolvem atividades de segundo escalão na organização”, disse o delegado Machado Martins Júnior, lotado na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic). Ele informou que os sete quadrilheiros foram presos na última segunda-feira em incursão da Seic com apoio de policiais militares e da Polícia Civil do Piauí, no Maranhão e no Piauí. Ontem, foi preso mais um, Sucarlos da Costa Silva, em Presidente Dutra.

Na cidade de Grajaú, foram presos Valdivino Vieira, Jacinto de Sousa e Silva e Bruno Milhomes. Com eles, a polícia apreendeu um colete balístico e um veículo Corola. Em Presidente Dutra, foram detidos Joaquim da Silva Neto, apontado como um dos líderes do bando; Aline Moreira Lima, que financiava as ações ilegais, e Itamar de Souza Salles, o Pernambuco.

Também ocorreu a prisão de Márbio Alves da Costa, ex-sargento do Exército, em Teresina. Durante essa operação, os policiais apreenderam ainda um veículo Fiat Strada, um Jeep Renegade, um Fiat Palio, uma espingarda caibre 20 e munições de 20, 38 e 380. “O armamento utilizado na ação em São Luís Gonzaga não foi localizado”, disse o delegado.

Segundo ele, os bandidos presos têm passagens pelo Poder Judiciário pelos crimes de roubo, furto, porte de arma e receptação. Os criminosos foram levados ontem para a sede da Seic, no Bairro de Fátima, onde prestaram esclarecimentos, e logo depois foram levados para Pedrinhas.

“Os criminosos que ainda estão soltos, desenvolvem atividades de segundo escalão na organização criminosa”.Machado Martins Júnior, delegado da Seic
Ações criminosas
O bando chegou à cidade de São Luís Gonzaga durante a madrugada do dia 6 em três veículos. Uma parte foi diretamente para o destacamento da Polícia Militar e descarregaram suas armas nas paredes do prédio e na viatura que estava estacionada na porta, para intimidar os três militares de plantão.

A outra parte da quadrilha ficou encarregada do assalto ao Banco do Brasil com uso de dinamite. Como a explosão foi muito forte e provocou a queda da laje, impediu o acesso dos criminosos ao cofre da agência. Os bandidos, então, sem dinheiro, deixaram a cidade levando vários moradores como reféns, que foram liberados na zona rural da cidade. Para dificultar a ação da polícia, os bandidos jogaram “miguelitos” na estrada.

A outra ação que teria sido cometida por esse bando, foi em Buriticupu na noite do dia 1º do mês passado. Segundo a polícia, cerca de 20 criminosos criaram um clima de terror nesse município, pois, além de explodirem a agência do Bradesco, trocaram tiros com policiais, fizeram disparos em via pública e ainda fizeram moradores reféns, alguns deles utilizados como cordão humano na frente do banco para impedir a aproximação dos policiais.

Fiscalização
O Exército, com apoio dos órgãos de Segurança, estão realizando a operação Dínamo VI no Maranhão, no Pará e no Amapá, que tem como objetivo fiscalizar e controlar o ciclo de vida de materiais explosivos e a venda ilegal. Esse trabalho começou nesta segunda-feira, 11, e se estenderá até amanhã, 14.

No Maranhão, 30 empresas são alvos dessa fiscalização, entre mineradoras e pedreiras que trabalham diretamente com explosivos e indústrias de produtos químicos. O Sindicato dos Bancários revela que este ano nove bancos foram explodidos no Maranhão.

Número

12

era o número de quadrilheiros que integravam a quadrilha que explodiu a agência do Banco do Brasil em São Luís Gonzaga no último dia 6; sete deles foram presos segunda feira e cinco ainda estão sendo procurados.

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