Saúde

Especialista alerta sobre os fatores que propiciam problemas no coração

Médico orienta que se deve procurar atendimento, para identificar precocemente se tem alguma patologia no órgão

Daniel Júnior/ O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

SÃO LUÍS - Hipertensão, diabetes, tabagismo, doenças renais, sedentarismo, colesterol alto e histórico familiar de infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC) são os fatores de risco que podem levar uma pessoa a desenvolver problemas no coração, de acordo com o especialista Tácio Pavão. Em celebração ao Dia do Cardiologista, comemorado nesta terça-feira (14), o médico também orienta que a população deve procurar atendimento regular, para identificar precocemente se tem alguma patologia no órgão, que funciona como o motor central da circulação do sangue.

“Aproximadamente 30% dos brasileiros têm hipertensão e esse é o principal fator de risco, aqui no país, que leva as pessoas a desencadearem problemas no coração. Existem outros fatores, como diabetes, tabagismo e sedentarismo, por exemplo. Muita gente tem um certo receio, medo, de procurar atendimento com um cardiologista, para não descobrir que tem alguma doença. Mas aí é que está o perigo, pois a melhor forma de tratar uma patologia no coração é saber do problema na fase inicial”, ressaltou o cardiologista Tácio Pavão.

Cardiologista Tácio Pavão orienta sobre o atendimento para identificar precocemente doenças no coração
Cardiologista Tácio Pavão orienta sobre o atendimento para identificar precocemente doenças no coração

Frequência
O especialista falou a O Estado sobre com qual frequência o cardiologista deve ser acessado para um chek-up. “Pessoas, saudáveis, a partir de 40 anos, de­vem procurar o cardiologista, pelo menos uma vez por ano. Antes de iniciar uma atividade física, também. Agora, pacientes que têm hipertensão, colesterol alto, doenças renais, estilo de vida irregular (sedentaris­mo), histórico familiar de primeiro grau (pais e irmãos) de infarto ou AVC e que são tabagistas, independente da idade, devem fazer uma consulta com o especialista também uma vez ao ano”, ressaltou o médico.

Em relação ao acesso ao cardiologista no Sistema Único de Saúde (SUS), o especialista revelou que há uma grande demanda de pacientes para um reduzido número de profissionais.
“É muito baixo o número de atendimentos disponíveis à população na Rede Pública de Saúde. Muita gente fica de fora ou deve aguardar por muito tempo por uma consulta médica. Além disso, falta medicamentos para que os pacientes possam tratar alguma enfermidade que foi descoberta”, disse o cardiologista.

SAIBA MAIS

Mudanças pela saúde

De acordo com especialistas, a recomendação número um, para todos os hipertensos, é mudar o estilo de vida. Uma dieta adequada, associada a uma rotina de exercícios, opera verdadeiros milagres. Alguns pacientes, claro, precisam tomar remédios, às vezes pelo resto da vida. Mas o tratamento leva em conta vários fatores de risco, como tabagismo, níveis de colesterol e história familiar do paciente. Um ponto crítico na prevenção e tratamento da hipertensão é ter um estilo de vida saudável.

O porquê da data

O Dia Nacional do Cardiologista foi criado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em 2007, no intuito de valorizar a especialidade junto à sociedade e lembrar das recomendações dos profissionais da importância dos hábitos de vida saudável para o coração.
Também no dia 14 de agosto de 1943 foi fundada a SBC, exatamente às 20h, no serviço de Cardiologia do Hospital de São Paulo.

Quando procurar um cardiologista?

Há alguns sinais que servem de alerta nessa hora. São sintomas comuns a doenças do coração, a exemplo de infarto, insuficiência cardíaca (coração fraco) e arritmias. Procurar um especialista nestas horas pode fazer a diferença e salvar muitas vidas. Confira alguns sinais mais comuns:

- Dores no peito, principalmente as relacionadas aos esforços ou picos de estresse
- O cansaço ou falta de ar em repouso e aos esforços leves. Não esquecendo daqueles que acordam com falta de ar ou precisam dormir com a cabeça elevada
- Inchaço nas pernas, tornozelos ou pés
- Palpitações, batimentos acelerados ou descompassados
- Desmaios sem uma causa clara

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