Estado do Samba

João Eudes: sete cordas que falam de samba

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

Hoje no “Estado do Samba”, João Eudes Martins Junior (João Eudes). Acadêmico do curso de música (licenciatura) UFMA – Universidade Federal do Maranhão. EMEM – Escola de Música do Estado do Maranhão. E começa muito bem, executando, com seu violão sete cordas, música instrumental.

JM – João, sete cordas não um simples instrumento. O que significa pra você?

JE – Na verdade o sete cordas é um instrumento europeu, proveniente da Rússia e chegou ao Brasil no século 19 e basicamente, para ser executado em música clássica, mas, aqui, tomou corpo em samba, choro, que acompanhado de um cavaco ou banjo, se completa nessa vertente popular.

JM – Já nasceu tocando João?

JE – Na verdade comecei tardiamente, após os 20 anos de idade, pois, antes, brincava de tocar desde pequeno, ainda no primário (risos). Na minha infância, em casa com a família, ouvia uma salada musical, de carimbó, passando por Agepê até Gonzagão. Depois, com meu irmão, muito rock do Iron Maden, Pink Floyd e outros, sem deixar de ouvir a boa música popular brasileira. A partir dai decidi estudar. Foi quando comecei a tocar em bares e acompanhar shows. Mas, sempre foi a minha, tocar mais e mais.

João Eudes é músico atuante em shows com grupos diversos, artistas locais e nacionais. Há 15 anos como instrumentista em grupos folclóricos como: Boi de palha, Bumba-Boi Brilho da Comunidade, Boi Pirilampo(Direção Musical), Boi de Morros, Boi Brilho da Ilha(atualmente Fazendo a Direção Musical) entre outros.

Em Blocos tradicionais: Os Feras, Os Vigaristas, Os Tradicionais do Ritmo, Os Apaixonados, Os Vampiros, Os Tremendões, Os Foliões, entre outros. Inclusive sendo recordista por tocar no mesmo ano em 21 Blocos, todas as escolas e mais quatro blocos alternativos.

Nas Escolas de Samba como: Favela do Samba, Turma de Mangueira, Turma do Quinto, Flor do Samba, Marambaia, dentre outras.

Grupos como: Chorando Calado, Tira Teima, Os Cinco Companheiros, Palmares, Sururu no Paletó, Pixinguinha, Arroz de Cuxá, Zabumbaça, Argumento, Segunda Sem Lei, Turma do Cafuné, Samba de Classe, Pagode do Ivan, Madrilenus, Feijoada Completa, Espinha de bacalhau, Maquina do Tempo, Café com leite e pão, Amigos do Samba, 1 x 0, Julinho e seu quinteto, dentre outros.

Já acompanhou também, artistas locais como: César Teixeira, João Pedro Borges, Léo Capiba, Josias Sobrinho, Chico Saldanha, Roberto Brandão, Inácio Pinheiro, Lena Machado, Célia Maria, Fátima Passarinho, Anna Claúdia, Alexandra Nícolas, Biné do Banjo, Wallace Godinho, Sávio Araújo, Nonato Silva, Heriverto Nunes, Fernanda Garcia, Ubiratan Sousa, Zeca do cavaco, Marcone Rezende, Quirino, Chico Nô, Virna Lisi, Serrinha, Tássia Campos, Camila Boueri, Mila Camões, Fernando de Carvalho, João Marcus, entre outros.

Artistas de outros Estados: Moacyr Luz, Toninho Gerais, Monarco, Nicolas Krassik, Elisa Adoor, Nina Wirtz, Reinaldo, Edu Kriegger, Sombrinha, Marquinhos Santana, Naninha, Moises Marques, Carolina Soares, Zé Luís do império, Emerson Urso, Flávia oliveira, Alice Passos, Zé da velha e Silvério Pontes, Alessandro Penezzi, dentre outros.

Participou em Festivais internacionais de Folclore: Brasil, Itália, França, México, e, ainda exerce atividades como Arranjador, Compositor, Professor e Diretor Musical.

JM – Mas, o samba é a sua vertente maior.

JE – Realmente, depois que entrei no samba, nunca mais sai, é um vírus (risos).

JM – Agora, me fala sobre essa nova produção, que é o “Primeiro Festival Mostra Teu Samba”

JE – Esse festival nasceu de uma parceria, minha com a Nativa Produções, na intenção de mostrar sambas autorais, já que vivemos um momento interessante no mundo do samba, criando mais um espaço para que os sambistas de todas as gerações possam expor seu trabalho. Acho que está na hora de nossos artistas trabalharem mais suas composições, que tem um contexto muito forte.

JM – Obrigado maestro pelo grande trabalho e muito sucesso.

João Eudes encerra essa entrevista com seu violão 7 cordas entoando um belo instrumental. Veja na TV O Estado e em nossas plataformas.


Saiba mais

O I Festival “Mostra Teu Samba Maranhão”, acontecerá em São Luís nos dias 28 e 29 de Setembro de 2018, na Concha Acústica Reinaldo Faray. São Luís é terra dos batuques, terra do Tambor de Crioula, que é reconhecido como avô do samba, terra da Turma da Mangueira, fundada na primeira metade do século passado, terra dos Fuzileiros da Fuzarca de 1936, terra dos blocos tradicionais, uma forma ímpar de tocar samba.

As inscrições para o festival irão até esta segunda-feira, dia 13.08, as 18 h e podem ser feitas na “Sede da Flor do Samba”, no Desterro. Serão escolhidas 16 músicas que concorrerão na eliminatória do dia 28.09, e, dessas, 8 se classificarão para a final do dia 29.09. As músicas devem ser inéditas, sem execução, inclusive, na internet.

A premiação será de R$ 3mil, para o vencedor, para o segundo, R$ 2mil e para o terceiro colocado e melhor intérprete, será de R$ 1 mil.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.