Pesquisa

Maioria de jovens empresários é de homens e tem curso superior

Segundo levantamento da Conaje, em parceria com o Sicredi, mulheres ocupam apenas 35,5% deste segmento

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
Presidente da AJE-MA, Shirley Cunha e o presidente da Conaje, Guilherme Gonçalves
Presidente da AJE-MA, Shirley Cunha e o presidente da Conaje, Guilherme Gonçalves (jovens empresários)

A maioria dos jovens empreendedores brasileiros é composta por homens. É o que aponta uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Jovens Empresários (Conaje), em parceria com o Sicredi. O resultado desta terceira edição do levantamento foi divulgado durante evento em São Paulo. O estudo consultou 5.792 jovens de todas as partes do Brasil.

Dentre os empresários participantes da pesquisa, 64,5% deles são homens, enquanto apenas 35,5% são mulheres. Outro detalhe relevante é sobre a escolaridade desses novos dirigentes de negócios. 73,4% deles possuem pelo menos ensino superior, abrangendo os que têm especialização (36,9%), mestrado (5,1%) e doutorado (1%). O restante fica por conta de quem tem ensino técnico (2%), médio (6,6%) e fundamental (0,8%).

Representando o estado maranhense durante o evento de lançamento da pesquisa, a presidente da Associação dos Jovens Empresários do Maranhão (AJE-MA) Shirley Cunha, afirma que a cultura empreendedora tem se fortalecido em faixas etárias próximas aos 20 ou 30 anos de idade.

“Os jovens têm colocado suas ideias em prática, seja em serviços ou comércio, startups ou outras oportunidades de mercado. E a capacitação é outro fator decisivo, com acesso gradativamente mais fácil e nichos mais específicos de negócios sendo descobertos”, comenta.

Por outro lado, na faixa etária de 18 a 20 anos, foram identificados apenas 3,2% dos jovens empresários. De 36 a 39 anos, 15,6%; 31 a 35 com 26,3%; 25,9% entre as idades de 26 e 30; 13,4% para os de 21 a 25 anos.

O perfil predominante dos negócios é de microempresas, ou seja, que faturam até R$ 360 mil por ano, empregam até nove funcionários e estão na área de serviços (57,9%) e comércio (30,1%).

As maiores dificuldades encontradas para o negócio, por sua vez, são as questões burocráticas, a alta carga tributária e gestão financeira. A instabilidade político-econômica nacional também afetou negativamente o setor, por conta da queda de faturamento e a redução de investimentos.

No entanto, 55% dos jovens têm interesse em abrir uma nova empresa, mas, em outro segmento. “Além de traçar o perfil desses gestores, também é necessário saber quais seus maiores desafios e pensar ações que possam viabilizar o fortalecimento dessa cultura de iniciativas e investimentos”, afirma Shirley Cunha.

64,5%

Dos jovens empreendedores brasileiros são homens, de acordo com a pesquisa da Conaje/Sicredi

55%

Dos jovens manifestam interesse em abrir uma nova empresa, mas em outro segmento econômico

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