Copa do Mundo-2018

Gabriel Jesus vive "jejum de gols" e bate marca negavita no Brasil

Sem marcar na Copa do Mundo, o jogador do Manchester City quebra marca negativa e é o primeiro nove do Brasil a passar em branco em uma 1ª fase na Era Moderna dos mundiais

Gazetapress

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
Gabriel Jesus lamenta gol perdido diante da Sérvia
Gabriel Jesus lamenta gol perdido diante da Sérvia (GABRIEL JESUS )

São Paulo - Em 1986, no México, a Fifa estreou o formato de Copa do Mundo que conhecemos: com cinco fases até a final. Nessa Era Moderna dos Mundiais, nunca um centroavante da Seleção Brasileira havia passado em branco na primeira fase, que é representada pelos três jogos iniciais antecedentes aos confrontos eliminatórios.

A quebra da marca coube a Gabriel Jesus. Atual dono da tradicional camisa 9 canarinho, o pupilo de Pep Guardiola no Manchester City não conseguiu balançar as redes nos desafios frente a Suíça, Costa Rica e Sérvia, apesar da titularidade e da classificação brasileira na liderança do grupo E depois de duas vitórias e um empate, com cinco gols marcados.

Fred, referência da Seleção na Copa de 2014, sofreu muito com as críticas pelas suas atuações, mas chegou a anotar um gol na primeira fase do Mundial disputado em casa. O terceiro gol brasileiro na goleada por 4 a 1 sobre Camarões, já no último compromisso antes das oitavas de final, teve a assinatura do então camisa 9 do Brasil.

Em 2010, na África do Sul, Luis Fabiano, homem-gol de Dunga, foi às redes duas vezes contra Costa do Marfim, pela segunda rodada da primeira fase. Na ocasião, o Brasil venceu os africanos por 3 a 1.

Quatro anos antes, o Brasil tinha dois centroavantes lado a lado: Ronaldo e Adriano. O Fenômeno era detentor da mítica camisa 9, enquanto o Imperador ostentava o número 7 em suas costas. Independente disso, ambos não passaram em branco na primeira fase da Copa da Alemanha.

Adriano foi o primeiro a marcar. O gol saiu diante Austrália, na segunda rodada, em partida vencida pela Seleção por 2 a 0 graças ao também centroavante Fred, que na época era reserva e nem por isso desperdiçou a oportunidade que teve.

Ronaldo foi às redes só no terceiro desafio. Em compensação, fez logo dois gols na goleada por 4 a 1 em cima do Japão.

Na Copa de 2002, Felipão fez Romário chorar e apostou tudo em Ronaldo. Depois de passar dois anos lutando contra suas lesões, o Fenômeno não decepcionou. Foram quatro gols nos três jogos da fase de grupos. Um na vitória por 2 a 1 em cima da Turquia, outro na goleada por 4 a 0 sobre a China e mais dois contra a Costa Rica, no passeio brasileiro por 5 a 2.

Referência de toda uma geração, Ronaldo também brilhou em 1998, na França. Apesar disso, o ex-jogador do Corinthians teve uma primeira fase tímida, marcando apenas um gol no trinfo por 3 a 0 da Seleção Brasileira sobre Marrocos.

Em 1994, quando Ronaldo era só um garoto e assistia tudo do banco de reservas, Romário decidia com a camisa 11 nos Estados Unidos. O Baixinho não perdoou nenhum adversário na primeira fase. Deixou sua marca nos 2 a 0 em cima da Rússia, nos 3 a 0 sobre Camarões e no empate por 1 a 1 com a Suécia.

O antecessor de Romário foi Careca, ídolo são-paulino e eterno companheiro de Maradona no Napoli. Na Copa da Itália, o centroavante brasileiro começou o Mundial de forma arrebatadora, marcando os dois gols da vitória por 2 a 1 em cima da Suécia.

Antes, em 1986, ano em que a fase de oitavas de final foi instituída e marcou o início da Era Moderna das Copas, Careca também mostrou seu faro de artilheiro antes dos jogos eliminatórios. Foi do centroavante o gol da vitória do Brasil por 1 a 0 sobre a Argélia. Depois vieram mais dois gols de Careca nos 3 a 0 em cima da Irlanda do Norte.

Mais - Só Jesus, Vavá e Alcindo

A falta de eficiência de Gabriel Jesus definitivamente não é algo comum na Seleção. A história aponta que desde 1950, quando os primeiros jogos dos Mundiais passaram a ser disputados em grupos de quatro equipes, apenas em duas situações o Brasil não contou com pelo menos um gol de seu centroavante.

A primeira foi em 1962. Vavá foi fundamental nos jogos eliminatórios, marcou gols nas quartas, nas semis e na final – não existia oitavas de final. Porém, passou pela fase de grupos zerado no ano que o Brasil conquistou seu bicampeonato. Quatro anos depois, o Brasil sequer avançou à segunda fase. Pelé, Garrincha, Tostão e Rildo chegaram a marcar, mas a Seleção se despediu sem um tento anotado por um centroavante de fato. Alcindo, ex-Grêmio, costumava atuar na referência e não foi às redes nenhuma vez.

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