SÃO LUÍS - A disseminação de uma denúncia, via aplicativo, de que uma idosa seria vítima de cárcere privado, chegou ao conhecimento de órgãos competentes, que realizaram visita à casa da idosa, de 92 anos, que é portadora do Mal de Alzheimer. A veracidade da denúncia não foi confirmada.

Na manhã de ontem, 20, integrantes da Promotoria de Defesa do Idoso, Delegacia do Idoso e Defensoria Pública do Estado (DPE) conversaram com Jabir Oliveira, 62 anos, filho e responsável pela integridade da mãe que declarou uma situação inversa a que foi espalhada pelo neto da idosa, por meio das mídias sociais, de que a avó estaria sendo vítima de cárcere privado.

De acordo com a observação dos promotores, delegada e DPE, a idosa vive sob plenas condições do tratamento que ela necessita decorrentes do seu atual estado de saúde, isto é, não foi percebida a negligência denunciada, mas que há um rompimento familiar.

“Nós vamos marcar uma audiência com a família dessa idosa para que possamos ver se, de alguma forma, diminui esse rompimento dos laços familiares que está tendo consequências no bem-estar dela. Queremos também descobrir se não é uma briga patrimonial, se é uma briga pela residência em razão da idade e do estado de saúde dela”, disse o promotor José Augusto Cutrim.

Denúncia

A denúncia foi realizada pelo neto Márcio Oliveira, que escreveu uma mensagem explicando a situação – à sua forma – e anexou uma foto da idosa, de 92 anos, deitada em uma rede. Na mensagem, Oliveira disse que ela vivia sozinha, abandonada em um quarto pela família, e pedia que, quem tivesse alcance à mensagem, compartilhasse para que pudesse chegar à Promotoria do Idoso.

“A gente sempre pede para que seja feita a denúncia, porque é importante que se faça sobre qualquer violência contra os idosos, mas é preciso que se tenha cuidado com essa denúncia. Você pode estar denunciando e, ao mesmo tempo, praticando um crime contra o idoso”, afirmou a delegada do Idoso, Igliana Azulay. Ela recomenda que em caso de denúncia por meio de aplicativos de mensagem e redes sociais é necessário muito cuidado em divulgar imagem.

Canais para denunciar

A polícia deve ser responsável por encaminhar a denúncia para órgãos responsáveis e investigar a situação. No entanto, muitas pessoas têm medo de fazer a denúncia e preferem ficar no anonimato. Nesse caso, é possível recorrer ao Disque 100 da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, que recebe e encaminha a denúncia.

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