Comércio informal ao lado do Liceu prejudica aulas
Barulho é a principal reclamação dos alunos, que instalaram faixas de manifesto com frases como “Silêncio!” e “Todas as escolas são dignas, mas cadê a nossa?”, sobre o Escola Digna
[e-s001]Insatisfeitos com a situação que se instalou no entorno do Liceu Maranhense, os alunos, por meio do Grêmio Estudantil da escola, puseram faixas nas janelas e fachada da escola para chamar a atenção da Prefeitura de São Luís e do Governo do Estado.
Com frases como “Silêncio!” e “Todas as escolas são dignas, mas cadê a nossa?” - esta última fazendo inferência ao Projeto Escola Digna, do Governo do Maranhão -, alunos expõem sua indignação ao terem suas aulas interferidas pelo barulho causado com a instalação do comércio informal aos redores do prédio da escola.
O diretor do Liceu, Deurivan Rodrigues Sampaio, conversou com O Estado sobre a instalação das faixas e a reforma na escola, prometida pelo Governo do Estado, e pediu para que a obra seja agilizada. “O nosso pedido é que a Prefeitura, com as demais autoridades, busquem uma solução. Em relação às faixas que os alunos colocaram na fachada, é para chamar a atenção para isso. Já que o Governo tem um projeto, que é de escola digna, e já temos a promessa de reforma da escola, que ela seja acelerada, para que a gente possa garantir aos alunos o mínimo de condições para o aprendizado”.
O vice-presidente do Grêmio Estudantil, Gabriel Borba, falou sobre a situação enfrentada após o remanejo dos camelôs para mais próximo da escola, com o início das obras de revitalização da Praça Deodoro. “A reforma da Praça Deodoro afetou o curso das aulas do Liceu Maranhense e no trânsito dos próprios alunos e professores. Prejudica muito a nós, alunos, em relação à chegada à escola, em relação ao engarrafamento. Prejudica o nosso horário, pois temos horário a cumprir na entrada, no início das aulas. E prejudica muito em relação aos professores, gerando até atraso nas aulas, em alguns casos”.
Gabriel Borba alegou que a situação também já foi reportada às autoridades, mas a escola não obteve nenhum retorno. “Os ambulantes têm caixas de som, colocam música, e isso atrapalha nas aulas. Isso é uma coisa que a gente sempre tem comunicado às autoridades, mas eles ainda não deram parecer para a gente”.
Caos
A reforma das praças Deodoro e do Pantheon, situadas na região central de São Luís, interferiu diretamente no tráfego de veículos e pedestres e tem causado estresse na população.
Com o isolamento das praças, que era um espaço exclusivo para as bancas, hoje instaladas em frente ao CE Liceu Maranhense, a atenção dos motoristas passou a ser redobrada para evitar acidentes, visto que os pedestres se arriscam para atravessar a rua, já que os semáforos também foram desativados.
[e-s001]Contudo, os engarrafamentos tornaram-se mais frequentes e, assim, ficou mais difícil para quem tem que cumprir horários, como os alunos, não só do Liceu Maranhense, mas de outras escolas da área.
Em relação à reforma do Centro de Ensino Liceu Maranhense, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou, em nota, que a primeira etapa será iniciada no mês de julho, quando serão realizadas obras nos banheiros e outras áreas que não interfiram no andamento do calendário escolar. Informa ainda que a segunda etapa da reforma será iniciada ao término do ano letivo, previsto para novembro, conforme acordado com o Grêmio Estudantil da escola e a gestão escolar. Sobre os camelôs instalados no entorno da escola, a Seduc esclarece que o assunto não faz parte de suas atribuições.
O Estado manteve contato com a Prefeitura de São Luís para saber quais medidas estão sendo tomadas sobre o comércio ambulante, mas até o fechamento desta edição não obteve retorno.
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