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Deputados acusam governo de “crime contra a Cultura”

Eduardo Braide e Edilázio Júnior criticaram a programação do São João comunista, que privilegia artistgas de fora em detrimento das atrações locais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
Eduardo Briade e Edilázio Júnio criticam governo
Eduardo Briade e Edilázio Júnio criticam governo (Deputados)

Os deputados Eduardo Braide (PMN) e Edilázio Júnior criticaram fortemente a programação do governo Flávio Dino para as festas juninas. Para Braide, o comunista cometeu crime contra a cultura popular maranhense”. Edilázio, por sua vez, diz que o equívoco só ocorre porque Flávio Dino “não sabe diferenciar uma matraca de um maracá”. Os dois parlamentares fizeram contundentes discursos na Assembleia Legislativa.

"Isso é um crime contra a nossa cultura popular. Deixar de fora da programação manifestações que se apresentam há mais de 20 anos? Deixar de fora artista como Mano Borges, Betto Pereira, Carlinhos Veloz? Cultura só faz quem gosta. E pelo visto, o governador do Estado nem sabe fazer cultura e muito menos gosta dela", afirmou o parlamentar.

Eduardo Braide também questionou os critérios usados pelo Governo do Estado para as contratações de fora e locais.

"Enquanto para as manifestações e artistas maranhenses - que já têm o reconhecimento do povo do Maranhão - foram feitas várias exigências por meio de um edital, para as atrações de fora o Governo do Estado fez apenas um convite sem submete-los a nenhum tipo de avaliação. E o pior disso tudo, é que esses receberão os maiores cachês, enquanto as nossas brincadeiras e os nossos artistas sequer entraram na programação", disse.

O deputado também anunciou a destinação da emenda parlamentar de sua autoria no valor de R$ 200 mil para o São João deste ano, e cobrou o uso dos recursos no pagamento de artistas locais.

Matraca

Edilázio Júnior repudiou a falta de apoio do governo à cultura e aos artistas locais.

“Eu já falei algumas vezes aqui nesta tribuna que é isso que dá nós termos um governador que não sabe diferenciar a matraca de um maracá. E aí chega o período junino e o que nós estamos vendo aqui é essa tristeza com as brincadeiras locais, com os artistas locais. E o governador trazendo para cá Agnaldo Timóteo por R$ 250 mil”, iniciou.

Edilázio lamentou o desprestígio aos artistas locais e lembrou que o Governo tem adotado a mesma postura desde o início do mandato, em 2015. Ele também lançou um desafio a produtores culturais que atuam no estado: “Quero saber qual produtor contrataria Agnaldo Timóteo, para um show privado, por R$ 250 mil. Isso é brincar com o dinheiro público, é brincar com a nossa cultura e é brincar com os maranhenses. A Leci Brandão, que o único estado que ela ainda se apresenta, por coincidência, estado em que é governado por um comunista. E ela é deputada estadual pelo PCdoB em São Paulo, por duas vezes esteve aqui já no réveillon. Agora eu pergunto: Por que não vem para um show privado?”, completou.

Além de Agnaldo Timóteo, a programação do governo Fla´vio Dino para o São João conta com os cantores Alceu Valença e Fagner.

Sousa Neto denuncia abafa do escândalo

da Polícia Política no Maranhão”

O deputado estadual Sousa Neto (PRP) cobrou, na sessão plenária desta terça-feira (5), na Assembleia Legislativa, os resultados da Sindicância instaurada pela Polícia Militar para apontar os responsáveis pela ordem de espionagem a adversários políticos ao governo Flávio Dino, em todo o estado.

Segundo o parlamentar, já findou o prazo de trinta dias para a conclusão dos trabalhos, e até agora o governo não deu respostas ao povo do Maranhão. “Após trinta dias do escândalo da Polícia Política ao qual denunciamos aqui nesta Casa, o Governo Flávio Dino ainda não deu respostas sobre a sindicância instaurada pela Polícia Militar, para esclarecer de onde partiu a circular que dava ordem para espionar a oposição. Flávio Dino, que se dizia transparente, colocou uma cortina de fumaça para encobrir mais um crime. A sociedade espera uma resposta, governador ditador. Não vamos nos calar diante de um fato grave e que já começou a fazer vítimas no Maranhão”.

Sousa Neto citou, na oportunidade, o episódio ocorrido recentemente com o prefeito de São Bernardo, João Igor Carvalho (MDB), que foi abordado por policiais militares, armados com fuzis, enquanto vistoriava obras naquele município, acompanhado de secretários e assessores. “Quero chamar a atenção dos meus colegas que fazem oposição, temos que tomar cuidado. A ordem já começou a ser executada. Prova disso, foi o que fizeram com o prefeito João Igor, que, mesmo tendo se identificado, foi abordado, revistado e intimidado por duas viaturas da PM, por fazer oposição ao governador”.

Ele falou, ainda, sobre a manobra para recusar as convocações do secretário de Segurança e do comando da PM, na Comissão de Segurança da AL. "Nós não temos acesso ao andamento dessas investigações. Apresentei, juntamente com o deputado Cutrim, proposta de instalação de uma CPI para apurar os fatos e não tivemos as assinaturas necessárias. Além disso, outros deputados oposicionistas também tiveram seus requerimentos recusados por esta Casa. A Secretaria de Segurança e o Alto Comando da Polícia Militar não respondem nada, mas não vou me calar diante de mais um fato grave desse governo intransigente, que se cair no esquecimento, vai comprometer às eleições deste ano".

O parlamentar alertou, por fim, para a perseguição à Polícia Civil. "Até a Polícia Civil, que vive dias de angústia e falência, Flávio Dino mandou retirar o outdoor do Sindicato dos Policiais Civis que o chamava de ditador. Tudo isso por que não aceita ser criticado e achincalhado pelo desrespeito e o descaso com a categoria e com todos os policiais”.

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