Violência

Maranhão omite número de mortes ao Mapa da Violência

Secretaria de Segurança não forneceu dados sobre os assassinatos no estado referentes ao mês de março ao Portal G1, que monitora os crimes violentos no país em parceria com a USP e Fórum Brasileiro de Segurança Pública

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30

SÃO LUÍS - A Secretaria de Segurança Pública (SSP) omitiu a quantidade de mortes violentas (homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte) ocorridas no Maranhão no mês de março de 2018 ao monitor do Mapa da Violência, criado pelo Portal G1, com a parceria do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O site acompanha a evolução dos crimes violentos mês a mês no país. Somente em março deste foram contabilizados 3.716 assassinatos, sem contar com os dados do Maranhão, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraná e Tocantins. Mais de 11,5 mil pessoas já foram mortas a tiros ou por arma branca nos primeiros três meses deste ano no Brasil.

A cúpula da SSP não informou os dados de mortes violentas no Maranhão e declarou, ainda, que o período obedece ao prazo de três meses legalmente estabelecido pelo Ministério da Justiça, o qual considera as condições de registro de ocorrências disponíveis nas unidades federativas do país, como as dimensões territoriais e oferta de serviço de internet disponíveis nos estados.

Região Metropolitana

Em relação ao registro de mortes violentas na Região Metropolitana de São Luís, segundo os dados da SSP, ocorreram 183 casos nos cinco últimos meses deste ano. Em se tratando dos primeiros três meses de 2018, o registro foi 108 assassinatos na Ilha e até o momento, o mês considerado mais violento foi janeiro com registro de 47 mortes violentas.

Um levantamento feito por O Estado tendo como base os dados da SSP, apontou que o número de mortes violentas na Ilha apresentou um crescimento de 25% em maio em relação a abril. No decorrer do mês de abril foram registrados 32 casos, enquanto no mês passado, 43 pessoas foram mortas por arma branca ou a tiros.

Ainda no mês de maio foi constatado uma elevação na ocorrência de latrocínio (roubo seguido de morte). Uma prática considerada das mais cruéis. Cinco pessoas foram vítimas desse tipo de crime, enquanto no mês de abril, a polícia registrou um caso na Ilha. Uma das vítimas de latrocínio no mês passado foi o delegado da Polícia Federal, David Farias de Aragão, de 35 anos.

O policial federal foi assassinado no dia 5 após três assaltantes invadirem a residência da família, no bairro do Araçagi, durante a comemoração de um aniversário. O caso foi investigado primeiramente pela equipe da Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP) que conseguiu prender os acusados. Um dos envolvidos foi identificado como Davi Costa Martins, apontado como o autor dos disparos que vitimaram o delegado federal.

O assassinato de Pedro Matias Reis, de 6 anos, também chocou a população. Ele foi baleado quando voltava de uma igreja localizada no Bairro de Fátima, na noite do dia 6 de maio deste ano em companhia da mãe, nome não revelada. A criança chegou a ser levada para o Hospital Municipal Socorrão I, no Centro, mas chegou sem vida. Após o crime, a polícia prendeu os dois acusados dessa ação criminosa, identificados como Edigleison Raí Garcia e Jaílson dos Reis.

Entenda

Mortes violentas na Ilha durante este ano

Janeiro: 47 casos

Fevereiro: 31 casos

Março: 30 casos

Abril: 32 casos

Maio: 43 casos

Fonte: Secretaria de Segurança Pública (SSP)

Saiba mais

Índice cresce também em Imperatriz

Na segunda maior cidade do Maranhão, Imperatriz, já registrou 59 homicídios dolosos nos cinco primeiros meses deste ano, de acordo com os dados da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP) daquela cidade.

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