Edital Rumos

Itaú Cultural divulga os 109 selecionados do edital Rumos 2017-2018

No total foram 12.616 inscrições; Maranhão teve dois projetos contemplados

Adriano Soares/ enviado especial

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
"A cada edição nós temos melhorias em relação a edição anterior"
"A cada edição nós temos melhorias em relação a edição anterior" (Itau cultural)

SÃO PAULO – O edital Rumos, do Itaú Cultural chega a sua 18ª edição e ontem divulgou os 109 projetos selecionados, de todos os estados brasileiros, para o edital 2017-2018. Para este edital, foram recebidas 12.616 inscrições. Pela primeira vez, todos os estados brasileiros e o Distrito Federal foram contemplados.

"A cada edição nós temos melhorias em relação a edição anterior. Muitas das ações que o Itaú Cultural faz também são alimentadas, oferecidas e provocadas pelo programa Rumos”, frisa Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural.

O grande diferencial deste 18º edital foi no campo acessibilidade. Várias ferramentas que auxiliam a inclusão, com pessoas com algum tipo de deficiência, tiveram como resultado a contemplação de cinco projetos, um deles de um proponente surdo, em que a Língua Brasileira de Sinais deu a ele a oportunidade de se expressar e se fazer ser compreendido. “No total tivemos 86 projetos inscritos que trazem recursos de acessibilidade para o edital”, conta Aninha de Fátima Sousa, gerente de comunicação do Itaú Cultural.

Mudanças
Segundo Eduardo Saron, outro dos principais diferenciais do edital Rumos 2017-2018 foi o aumento no número de projetos contemplados, vindo dos estados do Norte e Nordeste do Brasil. E esse tem sido um dos principais objetivos do programa, fazer com que todo o país possa ser visto, contemplado e que seus projetos culturais possam ganhar valor. Saron conta, ainda, qual a relação do Itaú Cultural com os projetos contemplados. “O Rumos não é um edital de patrocínio. Ele é um edital de parceria”, explica o diretor do Itaú Cultural.

Houve um investimento de R$ 15.555 milhões para o edital Rumos 2017-2018, ganhando um pequeno acréscimo com relação a edição anterior.

O edital Rumos passou por uma modificação em sua estrutura que mudou em seis anos. Sendo assim, não há uma formatação padrão para a submissão dos projetos. Eles podem ser feitos, até mesmo, por meio de vídeo. Isso pode ajudar aquelas pessoas que, infelizmente, não são alfabetizadas. “Sobre essa questão do audiovisual, é muito transformador quando a gente sai das nossas caixinhas e começa a olhar a cultura de uma forma mais diversificada”, diz a cineasta Paula Gomes, uma das responsáveis pelos selecionados do edital Rumos 2017-2018.

“Muitos dos projetos que a gente leu trouxeram uma resposta muito contundente ao cenário atual do Brasil ou então não trouxeram respostas, mas trouxeram perguntas”, afirma Paula Gomes.

Outro ponto positivo, é que mais do que em anos anteriores, desta vez foram recebidos e contemplados projetos com foco na produção artística, preocupação com cultura e arte. Formação, audiovisual/ cinema e patrimônio e memória são os temas que mais tiveram inscritos e selecionados.

Todas as propostas inscritas passaram por duas etapas de seleção. A primeira, com 40 avaliadores de várias áreas de atuação e regiões do país. Depois disso, passaram por uma outra avaliação formada por 21 profissionais, que possuem relação com a cultura brasileira.

Selecionados do Maranhão
Dois projetos maranhenses foram contemplados no edital Rumos 2017-2018. Foram eles: “Dramaturgias Errantes: ‘Fôlego Curto’ nas ondas de rádio e nas linhas dos jornais”, de Igor Fernando Lopes, e, vindo da cidade de Bom Jardim, “Zemu’e Haw: cantos e memórias Tenetehara, de Wirazu.

O primeiro, é uma adaptação de textos dramáticos do livro “Fôlego Curto” para o formato radiofônico, além da criação de jornais dramáticos com impressão e veiculação dos textos. Já o segundo, “Zemu’e Haw”, é uma série de dez microdocumentários voltados para o relato audiovisual de pajés e cantores do povo indígena Tenetehara do Maranhão – a única geração viva de anciões que conhecem esses cantos e as histórias na aldeia Maçaranduba. Os registros serão filmados e finalizados em conjunto com os mais velhos da aldeia.

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