CONSCIENTIZAÇÃO

Serviço de Endocrinologia desconstrói mitos sobre a tireoide

Ação levou orientações aos pacientes sobre o autoexame, diagnóstico e tratamento

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Serviço de Endocrinologia desconstrói mitos sobre a tireoide
Serviço de Endocrinologia desconstrói mitos sobre a tireoide (Ação)

“Crianças não têm doença da tireoide”. “Obesidade pode ser causada pelo hipotireoidismo”. Afirmações como essas são alguns mitos que circulam entre a população levando-a a desinformação sobre possíveis distúrbios na glândula. Com o propósito de desmistificá-los, o Hospital Universitário da UFMA (HU-UFMA), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh, realizou ação educativa no hall de espera do Ambulatório de Endocrinologia, no qual os pacientes receberam orientações sobre a tireoide e seus distúrbios, dicas de como fazer o autoexame, diagnóstico, tratamento e assistiram vídeos educativos.

O Dia Internacional da Tireoide, 25 de maio, este ano tem como tema “Mitos e verdades sobre a glândula”. A ação é desenvolvida pela equipe da Unidade do Sistema Endócrino e aconteceu de segunda-feira, 21, até sexta-feira, 25, como parte da Semana Internacional de Conscientização dos Distúrbios da Tireoide. O evento é promovido pelo HU-FMA em parceria com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional Maranhão (SBEM-MA). A ação foi realizada também no Shopping da Ilha, neste sábado, 26, na entrada da Praça de Alimentação.

A endocrinologista Carla Sobral explica sobre os mitos que dificultam o entendimento das pessoas. “O principal deles é que muitos pacientes confundem ter tireoide com ter problemas na tireoide. Alguns já chegam afirmando assustados que tem a tireoide e eu repondo que bom, agora vamos avaliar se você tem alguma anormalidade nela”.

A médica enfatiza que a tireoide é uma glândula muito importante que produz dois hormônios, T4 e T3, que regulam todo o metabolismo. Inclusive, o teste do pezinho identifica se a pessoa nasce com ou sem ela. “Uma vez que se confirme uma disfunção é preciso fazer um acompanhamento médico regular porque ela pode causar problemas sistêmicos, desde alterações como depressão, de comportamento, cardiológicos, na reprodução, como infertilidade e aborto. Por isso a conscientização é fundamental para que a pessoa aprenda a se auto perceber”, ressalta.

A trabalhadora rural Marinice Ribeiro, 50, tem viajado desde novembro de 2017 cerca de 447km de Colinas para São Luís, uma vez por mês, para fazer o acompanhamento no HU-UFMA. Ela estava percebendo seu pescoço inchado. “Quando eu me deitava, tinha que deixar meu pescoço esticado, porque se abaixasse muito a cabeça me incomodava devido ao grande inchaço. Me auto avaliando senti um nódulo e procurei o médico. Foi quando fiz a ultrassom e foi detectado vários nódulos. Fui encaminhada para um endocrinologista e agora estou fazendo o devido acompanhamento no hospital”.

A especialista reforça que é importante que as pessoas sempre avaliem a sua própria região cervical. “O ideal é que todos estejam atentos se há um aumento do volume da tireoide que pode ser percebido olhando pelo espelho, que seria o papo, perceber se não está ganhando e perdendo peso muito rápido, se não está sentindo taquicardia, aceleração do corpo ou o contrário, lentidão, sonolência, alteração do humor. São sintomas e sinais que todos podem perceber e procurar ajuda médica para fazer o diagnóstico correto”, enfatiza.

Saiba mais

Com um formato similar a uma borboleta localizada na região do pescoço, a tireoide funciona como um combustível do organismo, influencia na função de órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins. Interfere, também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional. A glândula tireoide precisa estar em perfeito estado de funcionamento para garantir o equilíbrio e a harmonia do organismo.

Os distúrbios dessa glândula podem ser de menor produção (hipotireoidismo) ou de maior produção (hipertireoidismo), ambos causam disfunções no metabolismo, e podem provocar alterações em qualquer sistema do organismo, surgindo, assim, graves problemas de saúde.

Os sintomas mais comuns do hipotireoidismo são: cansaço, edema, sonolência, pele seca, colesterol alto, entre outros. E do hipertireoidismo são: emagrecimento, palpitação, tremor, aumento do globo ocular, entre outros.

O câncer de tireoide apresenta-se como doença nodular da tireoide. É o quinto câncer mais comum em mulheres no Brasil, que vem crescendo em prevalência e que costuma ter um tratamento com ótimos resultados.

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