Saúde

Fonoaudiólogo do HSD alerta para a disfagia

Incidência de disfagia aumenta com a idade e pode ser sintoma inicial de várias doenças, como as neurológicas (doença de Alzheimer e de Parkison e AVC), refluxo gastroesofágico e até câncer

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
Disfagia dificulta a deglutição até da saliva
Disfagia dificulta a deglutição até da saliva (disfalgia)

Você tem dificuldade para engolir alimentos ou líquidos? Isso pode ser disfagia. Ape­sar de ser um nome desconhecido por muitas pessoas, a disfagia é um problema mais comum do que se pensa e consiste na dificuldade do transporte do alimento ou de líquidos da boca até o estômago. Para alertar a população sobre a importância de tratar esse problema, foi criado o Dia Nacional de Atenção à Disfagia - 20 de março. O Hospital São Domingos também participará desse alerta nacional, com várias atividades, como palestras e exibição de vídeos sobre esse transtorno.

O fonoaudiólogo do Hospital São Domingos, Cleyton Amorim, informa que a disfagia dificulta a deglutição de alimentos, líquidos e até da própria saliva e que este problema não escolhe idade: vai de re­cém-nascidos até idosos.

“A incidência da disfagia aumenta com a idade e pode ser sintoma inicial de várias doenças, como as neurológicas (doença de Alzheimer e de Parkison e AVC), refluxo gastroesofágico e até câncer. Uma prótese dentária mal adaptada po­de levar à alteração da deglutição ou disfagia. Por isso, é importante consultar um fonoaudiólogo para fazer a avaliação, diagnóstico correto e inclusive descobrir outros problemas-base que podem estar causando a dificuldade da deglutição”, afirma Cleyton Amorim.

“A disfagia causa problemas sociais e até econômicos, aumentando o tempo de internação do paciente e é um problema que precisa ter atenção especial das pessoas. Um simples engasgo que ocorra frequentemente precisa ser avaliado pelo profissional. O paciente que chega ao hospital com risco para disfagia, precisa ser avaliado pelo fonoaudiólogo em até 24 horas da admissão, para que se tome as medidas protetivas, evitando assim o agravo da saúde e trazendo segurança”, conclui Cleyton Amorim.

Sintomas
Os sintomas são: tosse, engasgos, dor ou falta de ar ao engolir, pneumonia de repetição, falta de ar ao deglutir e recusa de alimentação.

O diagnóstico é feito de duas formas: clinicamente, pelo fonoaudiólogo, que avalia a funcionalidade da deglutição do paciente em todas as consistências alimentares e de forma objetiva por exame de vídeodeglutograma, método extremamente importante para diagnosticar esse transtorno e que é disponibilizado pelo Hospital São Domingos. É um exame fácil e simples de aplicar, segundo o fonoaudiólogo.

“A disfagia é sintoma de que algo não vai bem e pode indicar alguma outra doença de base ainda não diagnosticada. Descoberta a disfagia no início, reduz-se os riscos de complicações como pneumonia, desidratação e desnutrição e se identifica a causa desse transtorno, que pode afetar o paciente em todos os aspectos”, complementa Cleyton Amorim.

Tratamento
O tratamento da disfagia é feito por equipe multiprofissional. Pode ser clínico, com o fonoaudiólogo, utilizando exercícios, mudança na consistência alimentar, orientação, indicação da melhor e mais segura via de alimentação, e em alguns casos pode ser requerida até cirurgia e a suspensão total ou parcial da alimentação pela boca.

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