BRASÍLIA - As placas no modelo do Mercosul, que o Brasil deverá começar a adotar em setembro próximo, darão fim à famosa placa preta dos carros antigos ou clássicos.
No novo padrão, todas as placas terão fundo branco, e o que muda, de acordo com a finalidade do veículo, é a cor das letras e dos números. No caso dos carros de colecionadores, eles serão cinza.
Atualmente, cerca de 25 mil veículos circulam com placa preta no país, estima a Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA). Para conseguir uma, é preciso que o carro atenda às seguintes regras: ter mais de 30 anos e atingir, no mínimo, 80 pontos (de um total de 100) em critérios de originalidade e conservação.
Vistoria presencial
A partir daí, o proprietário deverá se filiar e pedir um certificado a um dos clubes de carros antigos associados à FBVA, que, por sua vez, é credenciada pela Fédération Internationale des Véhicules Anciens, a entidade máxima do antigomobilismo mundial.
Com o certificado, ele poderá requerer a placa preta junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Uma novidade recente em relação ao processo é que passou a ser exigido que a vistoria para atestar a originalidade seja presencial, para evitar fraudes, explica o presidente da FBVA, Roberto Suga. Até então, havia quem fizesse à distância, com base em fotos.
Placa preta honorária
Para não perder a tradição de vez, a federação poderá desengavetar uma ideia de 2014, quando foram apresentadas as placas para o Mercosul, de criar uma "nova" placa preta, que não será oficial: a de veículo histórico.
Seria como um certificado, e não poderá substituir a placa oficial no carro, mas poderia ser colocada próxima da mesma.
A ideia é que, para merecer a placa, o veículo atenda a critérios ainda mais rigorosos do que para a obtenção da placa de colecionador. "Seriam uns 95 pontos da planilha (de critérios) de originalidade", explica Suga.
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