SÃO LUÍS - Com gritos de “Respeito!”, mulheres de diferentes entidades ligadas à defesa dos direitos femininos promoveram, na tarde de ontem, no Centro de São Luís, ato público alusivo ao Dia Internacional da Mulher. O evento, que também teve viés político pela presença de militantes de partidos de esquerda, trouxe à tona a necessidade de implantação de políticas públicas que evitem, por exemplo, casos de feminicídio.

A concentração do ato começou por volta das 15h e aconteceu em frente ao Liceu Maranhense, no Centro. Com cartazes, as manifestantes abordaram a luta pela igualdade de gênero. “É importante que nós, mulheres, tenhamos o direito de ganhar o mesmo do que os homens, por exemplo. Qual a razão de haver ainda em nossa sociedade o que se chama de discrepância salarial?” disse Mary Ferreira, representante do Fórum Maranhense de Mulheres.

A fase de discursos dos membros das entidades organizadoras na concentração durou aproximadamente duas horas. Depois, as manifestantes seguiram por ruas e avenidas do Centro. O auge do ato ocorreu na Rua Grande, durante o fechamento do expediente comercial. Uma das entidades que integrou o evento foi a União Nacional de Negros. “As mulheres, em nossa sociedade e, em especial, as negras, ainda são vítimas do preconceito. Precisamos acabar com isso”, disse a integrante da entidade, Flor de Liz.

Respeito às mulheres

A representante da Associação Maranhense dos Estudantes Secundaristas, Aline Gláucia Sampaio, de 16 anos, disse a O Estado que o tema referente ao respeito às mulheres é discutido no ambiente escolar. “Nossos professores abordam este tema de forma aberta e até mesmo os homens também expõem suas insatisfações em relação ao desrespeito sofrido por nós, mulheres”, afirmou.

Após a passagem pela Rua Grande, o grupo seguiu até a Praça João Lisboa. De lá, o ato foi encerrado na Praça Nauro Machado, no Centro Histórico, no início da noite. “Eu agradeço a todas as mulheres que aqui estiveram”, afirmou Mary Ferreira.

Frase

“É importante que nós, mulheres, tenhamos o direito de ganhar o mesmo do que os homens, por exemplo. Qual a razão de haver ainda em nossa sociedade o que se chama de discrepância salarial?”

Mary Ferreira

Representante do Fórum Maranhense de Mulheres

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