Transporte público

Reunião para discutir salários de rodoviários termina sem acordo

Encontro, que aconteceu na sede da SMTT, em São Luís, tinha por objetivo discutir medidas para evitar novos atrasos no pagamento de salários motoristas e cobradores

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33

SÃO LUÍS - A reunião realizada na tarde de ontem,19, na sede da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), para tratar sobre estratégias que evitem novos atrasos nos salários dos motoristas e cobradores de ônibus terminou sem acordo. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), responsável por mediar as partes envolvidas (empresários, trabalhadores e membros do poder público), um novo encontro deverá ocorrer em data a ser marcada.

A imprensa acompanhou apenas alguns minutos da reunião. Segundo informações da direção do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (Sttrema), os motoristas e cobradores querem garantias de que os empresários não irão descumprir a data máxima de repasse dos salários que, segundo convenção coletiva, é o quinto dia útil de cada mês. Ainda de acordo com a entidade, nos últimos meses, as empresas do setor de transporte vem atrasando, de forma sistemática, o envio destes valores.

As garantias para evitar novos atrasos são fundamentais e afastariam qualquer possibilidade de movimento grevista, o que quase ocorreu no dia 8 deste mês. A paralisação dos motoristas e cobradores foi selada em assembleia das categorias promovida uma semana antes, no entanto, por um pedido da Prefeitura de São Luís, a greve foi temporariamente suspensa. A direção do Sttrema não informou, até o fechamento desta edição, se aguardará a nova reunião com os empresários ou se deliberará sobre greve a partir de hoje, 20.

A tensão entre empresários e trabalhadores do setor vem se acirrando, nos últimos meses. Enquanto os rodoviários reivindicam, além do repasse regular dos valores, a elevação nos salários, os empresários alegam que os custos do setor se elevaram com mudanças sucessivas, por exemplo, nos preços do óleo diesel e incorporação de veículos novos à frota existente.

Para tentar minimizar a crise entre empresários e classe trabalhadora, no dia 20 do mês passado a Prefeitura reajustou os valores das tarifas de ônibus da capital. A medida rendeu alguns protestos, seja por meio das redes sociais ou manifestações nas ruas e avenidas. No dia 29 do mês passado, manifestantes fecharam por várias horas a Barragem do Bacanga. Apesar do ato, o Município manteve o reajuste.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.