SÃO LUÍS - Marchinhas de Carnaval das décadas de 1930 e 1940 marcaram o ritmo, na tarde de ontem, na quadra poliesportiva do Parque do Bom Menino, do Baile dos Idosos, organizado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc). O evento contou com a presença, em especial, de pessoas da terceira idade assistidas por programas da Prefeitura de São Luís.

A atividade foi prestigiada pela Corte da terceira idade do Município, formada pelo rei, Nonato Livramento Silva; pela princesa, Maria Juliana dos Santos e pela rainha, Dalva Leite. Embalados por músicas como “Aurora” e “Allah-La-Ô”, os foliões – alguns com problemas físicos - não perderam a animação. “Eu vivo a vida como se fosse o último dia sempre! Sou muito feliz do jeito que sou e tenho orgulho disso”, disse Antônia Maria, de 68 anos, uma das foliãs mais felizes da festa.

A aposentada Maria Diniz, de 72 anos, disse a O Estado que – antes de participar de atividades ligadas ao Carnaval – estava com sinais claros de depressão. “Graças aos meus amigos e a minha fé, consegui superar os meus problemas psicológicos”, afirmou. O ex-mecânico Paulo Brito, de 69 anos, revelou que sofreu com o abandono dos filhos e que, atualmente, tem alegria de viver. “Eu estou muito feliz de estar aqui hoje com as pessoas de minha idade, curtindo o nosso Carnaval do nosso jeito”, afirmou.

A autoestima dos idosos, que conseguiram superar dificuldades e participar de festas momescas, como o Baile dos Idosos, sensibilizou até mesmo quem não passou por problemas similares. “Ouvindo todas estas histórias de pessoas que tiveram seus problemas pessoais e que estão aqui hoje [ontem] curtindo o Carnaval da terceira idade reforça o meu amor por esta festa”, revelou o rei da Corte da terceira idade, Nonato Livramento Silva.

Saiba mais

Considerado uma das festas mais tradicionais de São Luís, o Baile dos Idosos faz parte do projeto “Sesc Folia- Carnaval do Comerciário”, composto por uma programação que inclui, além de festas e cortejos, ações voltadas para a saúde do público que ultrapassou a barreira dos 60 anos de idade.

Frase

“Eu vivo a vida como se fosse o último dia sempre. Sou muito feliz do jeito que sou e tenho orgulho disso”

Antônia Maria

68 anos, foliã do baile

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