O atendimento à população acometida com o mal de Alzheimer - doença que atinge cerca de 1,2 milhão de pessoas no país atualmente - será tema de um curso para orientação de futuros e atuais cuidadores de pessoas com a doen­ça. A atividade, que deverá ocorrer no segundo semestre, em local ainda em estudo, com a participação da Prefeitura de São Luís, servirá para alertar familiares, em especial, que passaram por situação semelhante à vivida pela família de Elcides Barbosa Furtado, de 52 anos, paciente com Alzheimer que se perdeu dos familiares no dia 14 deste mês. Ele foi localizado na Estrada da Raposa na ma­nhã de ontem, 16.

Além de alertar para os cuidados que devem ser tomados com quem possui algum amigo ou familiar com a doença, a atividade será uma forma de orientação so­bre os males da doença, responsável pela debilitação de 47 milhões de pessoas no mundo atualmente, conforme atestam dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). “A maioria das pessoas não está devidamente capacitada quanto aos cuidados com a doença”, explicou o geriatra Herberth Vera Cruz.

Segundo o especialista, os cuidados com o paciente com Alzheimer envolvem uma série de fatores, desde a forma de se reportar a ele, passando pela preparação da casa onde viverá a pessoa acometida com a doença. Nos casos me­nos graves, é fundamental desenvolver atividades que estimulem o cérebro, atingindo diretamente com a doença pela disfunções neurológicas. “Neste caso, é de fundamental importância o treinamento das funções cerebrais, que estimulem a memória, a linguagem, a orientação e a atenção do paciente. As pessoas, por exemplo, podem ser instigadas a praticar xadrez ou exercícios que instiguem o cérebro”, disse o geriatra.

Ainda de acordo com o médico, nos casos dos pacientes mais graves, recomenda-se o tratamento à base de medicamentos.

SAIBA MAIS

DICAS PARA O DIA A DIA

Um dos sintomas de Alzheimer é a desorientação espacial, ou seja, quando o doente fica desorientado em relação a onde está. Por isso, não é raro que doentes de Alzheimer tentem fugir de casa ou se perca na rua.
Veja algumas dicas essenciais de como evitar as fugas do doente de Alzheimer.
1) Instale fechaduras antifuga
Se possível, troque as fechaduras de portas, janelas e portões por fechaduras anti fuga. Essas fechaduras são mais difíceis de serem destravadas e dificultam que a pessoa com Alzheimer consiga sair de casa.
2) Coloque alarmes ou sinos nas portas e janelas
Nos casos em que o idoso tem o costume de tentar sair à noite os alarmes são uma boa opção. Detectores de movimentos e sinos nas portas e janelas vão alertar a casa inteira se a pessoa com Alzheimer tentar sair de casa.
3) Guarde as chaves em um local seguro
Não deixe chaves de portas de casa, portões e até mesmo de carros à vista. Dessa forma, a pessoa com Alzheimer têm menos um estímulo para tentar fugir de casa.
4) Avise aos vizinhos
Avise aos vizinhos que você tem uma pessoa com Alzheimer em casa e passe o nome do doente e o telefone da casa. Essa atitude garante que, caso o doente fuja e algum vizinho veja, traga-o de volta para casa.
5) Use objetos para identificar a pessoa
Faça uma pulseira ou um cordão de identificação para o idoso, contendo nome, endereço e números de telefone. Caso ele seja encontrado por algum desconhecido, a pessoa terá todas as informações necessárias para ajudar a pessoa com Alzheimer a voltar para casa.

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